O calçamento das ruas avançou no Brasil entre 2010 e 2022, mas a presença de obstáculos como buracos e desníveis perto das residências ainda é um problema que afeta oito em cada dez brasileiros. Nesse contexto, Distrito Federal e Goiás são as unidades da federação com maior proporção de moradores em ruas com calçadas, 92,9% e 92,6%, respectivamente. Na outra ponta, o Amapá tem apenas 57,1% dos moradores nessa condição.
Na publicação, o IBGE observa que a importância das calçadas vai além da simples função de circulação de pedestres.
“Calçadas bem cuidadas valorizam os imóveis e o espaço urbano como um todo, elas podem ser usadas para paisagismo, áreas de descanso, arte urbana e mobiliário público, tornando a cidade mais atraente, além de promoverem modos de transporte mais sustentáveis, como a caminhada, ajudando a reduzir a poluição e o congestionamento urbano”, descreve o instituto.
Pavimentação
O estudo apontou que 154,1 milhões de pessoas moravam em vias pavimentadas, o que correspondia a 88,5% do total de brasileiros. Isso significa que ao menos oito em cada dez pessoas no Brasil moram em endereços com vias pavimentadas.
Ao buscar dados sobre pavimentação, o IBGE considerou diversos tipos como asfalto, cimento, paralelepípedos e calçamento poliédrico, também conhecido como pé de moleque. Em vias sobre palafitas, foram considerados também vias revestidas com tábuas de madeira.
No entanto, os Estados com menos de 80% de moradores em vias pavimentadas, três no Nordeste e com maior proporção. Confira abaixo:
Pará: 69,3%
Rondônia: 70,4%
Amapá: 71,9%
Pernambuco: 76,3%
Maranhão: 77,5%
Mato Grosso do Sul: 78,8%
Paraíba: 79,2%
Circulação de vias tem três capitais com índices abaixo da média nacional
Entre as capitais brasileiras com mais de 100 mil habitantes, a pesquisa também fez classificações com base na capacidade de circulação das vias, que poderiam receber veículos maiores. Seis foram incluídas como de baixo índice, entre as quais, três da Região Nordeste e três do Norte do País.
Ranking das cinco piores no Brasil: Salvador (BA): 63,4%; Recife (PE): 70,4%; Macapá (AP): 76,9%; Belém (PA): 80,4%; Rio de Janeiro (RJ): 81,7% e Maceió (AL): 83,9%
De acordo com o analista do IBGE Maikon Roberth de Novaes, “algumas características ligadas à própria geografia das cidades e a presença de favelas e comunidades urbanas pode explicar, em parte, essa questão de percentuais baixos em grandes cidades”.
*Com Agência Brasil