Em pronunciamento oficial, o Ministério das Finanças da China afirmou que, diante das recentes medidas unilaterais dos Estados Unidos, Pequim “não irá recuar”. Já o porta-voz do Ministério do Comércio foi mais incisivo ao declarar que o país “condena veementemente as ações tarifárias unilaterais e arbitrárias dos Estados Unidos” e que medidas resolutas foram tomadas para “salvaguardar os direitos e interesses legítimos da China”. A autoridade ainda exigiu a remoção completa das chamadas “tarifas recíprocas”, classificando-as como práticas equivocadas que devem ser corrigidas.
Trump dobra a aposta e amplia tensões globais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumiu seu segundo mandato em janeiro de 2025, decidiu retomar com força sua política de tarifas comerciais. Apesar de ter concedido uma trégua temporária de 90 dias a vários países, a guerra tarifária com a China se aprofundou. A turbulência provocada por essas ações já afeta os mercados financeiros de forma contundente, reacendendo temores de uma recessão global.
“Agora o risco de recessão é muito, muito maior do que há algumas semanas”, avaliou Adam Hetts, chefe global de multiativos da gestora Janus Henderson, em entrevista à Reuters. O nervosismo dos investidores tem se traduzido em vendas maciças de ações e títulos do Tesouro norte-americano, enquanto o ouro atinge recordes históricos por ser considerado um porto seguro em tempos de crise.