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Falta de saneamento no Nordeste sobrecarrega o SUS e afeta população mais vulnerável

Por Luciana Leão

Um estudo recente divulgado pelo Instituto Trata Brasil revela que a falta de saneamento básico continua sendo um dos principais desafios para a saúde pública no Brasil, impactando diretamente o Sistema Único de Saúde (SUS) e aumentando os casos de doenças evitáveis.

Em 2024, foram registradas 344,4 mil internações por Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI), com maior incidência no Nordeste, onde 77% das internações foram causadas por doenças de transmissão feco-oral.

Segundo o estudo, a falta de acesso a água tratada e esgotamento sanitário no Nordeste coloca a população em maior risco de contaminação por doenças gastrointestinais e outras infecções. O estado do Maranhão é o mais afetado, registrando 45,8 casos de internação por 10 mil habitantes, seguido pelo Piauí (20,8 casos) e pela Bahia, que também apresenta taxas acima da média nacional.

Nos estados do Nordeste, observa-se ainda uma forte relação entre pobreza e doenças ligadas ao saneamento. Mulheres, crianças e idosos representam 43,5% das internações, com destaque para crianças de 0 a 4 anos, as mais vulneráveis.

 

Situação em outras regiões

 

Embora o Nordeste possua os piores índices, outras regiões também sofrem com a falta de infraestrutura sanitária. No Norte, onde a população também enfrenta dificuldades de acesso à água potável, 27,2 mil das 35,4 mil internações foram por doenças de transmissão feco-oral.

No Sudeste e no Sul, por outro lado, as doenças transmitidas por insetos vetores, como a dengue, têm sido mais prevalentes, resultado da combinação entre urbanização acelerada e falhas na drenagem urbana.

 

Gastos com saúde pública

 

A universalização do saneamento no Brasil deve reduzir em 86.760 o número de internações por DRSAI no país. Ao custo de R$ 506,32 por internação, na média do país em 2024, essa redução implicaria uma economia de R$ 49,928 milhões por ano.

A perpetuidade desse ganho – ou seja, o legado positivo para a sociedade brasileira em termos de despesas hospitalares – seria de R$ 1,255 bilhão.

 

O que pode ser feito?

 

Para Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, os efeitos do saneamento nas DRSAI são duradouros e cumulativos ao longo do tempo.

“O avanço do saneamento básico no Brasil irá reduzir a incidência de uma série de doenças, que infelizmente, como vimos, impactam mais severamente as crianças, os idosos, mulheres e pessoas autodeclaradas pardas, amarelas e indígenas. É muito triste ver que no Brasil, país que será sede da COP-30 este ano, ainda aconteçam quase 350 mil internações por DRSAI. Precisamos priorizar investimentos que promovam o acesso a água tratada e coleta e tratamento dos esgotos se quisermos atingir as metas do Novo Marco Legal do Saneamento. Priorizar o tema hoje é ter um Brasil no futuro mais próspero e saudável”.

 

O estudo do Instituto Trata Brasil aponta soluções para reduzir o impacto da falta de saneamento na saúde, incluindo:

 

>Expansão da infraestrutura de saneamento: garantir abastecimento de água tratada e coleta de esgoto, com foco nos estados mais críticos;

>Parcerias público-privadas (PPPs): para agilizar investimentos e ampliação dos serviços;

>Educação sanitária: campanhas de conscientização sobre higiene e prevenção de doenças;

>Fortalecimento da atenção primária à saúde: ampliar o acesso a postos de saúde em comunidades carentes;

>A implementação dessas medidas pode reduzir em 69% as internações por DRSAI em até três anos, aliviando o SUS e melhorando a qualidade de vida da população brasileira;

 

 

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Luciana Leão

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