A difícil conduta dos Moderados : Hugo Motta e Davi Alcolumbre diante de posições inconciliáveis

Interesses conflitantes já exigem firmeza. Governo quer avançar; Oposição insiste em confronto. Executivo prepara novo ajuste ministerial e envia 25 medidas à Câmara Federal

Conteúdo poublicado na edição 217, da revista Nordeste. Leia abaixo ou acesse pelo APP da NORDESTE clicando aqui

 

Por Walter Santos

 

 

Ainda repercute intensamente a nova conjuntura nacional inaugurada desde o 1o de Fevereiro de 2025 ao constituir cenário de ascensão já prevista do deputado federal Hugo Motta na Câmara Federal e do senador Alcolumbre na presidência do Senado promovendo uma realidade diferenciada por envolver, a partir do caso cameral, de existir consenso entre posições políticas inegociáveis, ou seja, Governo e Oposição são inconciliáveis, mesmo assim tendo apoiado Hugo Motta e Alcolumbre, por exemplo, nas duas presidências.

 

Nos dois cenários ainda repercute condutas produzidas em momentos diferentes nas duas sessões de eleição e posse, mas com tom em cima de posicionamentos em defesa do diálogo e da autonomia dos Poderes, com tanto Davi Alcolumbre e Hugo Motta se dizendo decididos a enfrentar a polarização entre Esquerda e Direito em nome de uma proposta de conciliação nacional difícil de execução.

 

Desde o dia seguinte à posse, os dois presidentes já tiveram diversas atividades nas duas casas e, ainda,  de imediato, encontro formal com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto trocando gentilezas e acenando para uma realidade de entendimentos num patamar melhor do que houvera.

 

Os três personagens centrais fizeram depoimentos publicados maciçamente pela mídia nacional expondo interesses comuns em pauta diante de projetos e ações legislativas que possam fazer o País crescer econômico e socialmente.

 

 

OS PRIMEIROS

ENTRAVES A GERAR

FORTE REPERCUSSÃO

 

Antes mesmo de receber o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad para tratar de pauta com 25 projetos encaminhados pelo Executivo, foi o presidente da Câmara quem incendiou setores governistas dentro e fora do Congresso ao comentar que a inelegibilidade de 8 anos na cena brasileira, a tal Ficha Limpa, era um período muito extenso e poderia rever o prazo, da mesma forma admitiu puxar debate sobre o episódio de 8 de Janeiro pois para ele não se trarara de Golpe de Estado.

 

As menções do deputado federal Hugo Motta em gerar reação de festa junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e todo seu segmento nacional festejando a fala do líder do Republicanos mas, de imediato, a partir do seu Estado, a Paraíba, a manifestação em contrário partiu do presidente do PT, Jackson Macedo, contestando as falas do presidente.

 

 

FALA DE MOTTA E A

REAÇÃO DO PT

 

Clilson Junior entrevista Hugo-Motta. Foto: Divulgação

Na sexta-feira, 7 de fevereiro, em entrevista à imprensa da Paraíba, Hugo Motta assim se pronunciou:

 

“O que aconteceu não pode se repetir. Foi uma agressão às instituições, algo inimaginável. Acho que ninguém esperava que aquilo pudesse ocorrer. Agora, querer chamar de golpe é exagero. Um golpe precisa de um líder, de alguém que o estimule, além do apoio de outras instituições, como as Forças Armadas. E isso não aconteceu,” afirmou Motta.

 

Jackson Mâcedo discordou democraticamente de Motta: “Foi golpe e já está provado pela PF que o golpe foi orquestrado dentro de ambientes militares e do governo Bolsonaro. Várias provas, gravações e delações já comprovam isso. A engenharia tinha várias previsões: movimento de rua que aconteceu no 8/jan, sequestro e morte de lideranças políticas e do judiciário e golpe militar em seguida com anulação das eleições”, comentou o presidente estadual do PT.

 

Questionado se avalia se as penas sobre os acusados estão sendo muito duras, o petista paraibano respondeu: “Sobre as ‘revisões’ não pode ser uma questão tratada no âmbito do congresso. Não passa por ele. Os casos estão sendo analisados individualmente”.

 

Curta e compartilhe:

Redacao RNE

Leia mais →

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *