Marqueteiro esteve à frente das campanhas de Jaques Wagner e Rui Costa ao governo da Bahia e na corrida ao Planalto em 2022
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Por Ândrea Malcher
Vamos combinar: o publicitário baiano Sidônio Palmeira assume o ministerio da Secretaria de Comunicação da Presidência da República no lugar de Paulo Pimenta com uma função de alta responsabilidade. Além de desempenhar importante papel junto ao Congresso, cabe à pasta divulgar à sociedade as ações do governo Lula — algo que vem sendo criticado pelo próprio presidente nos últimos meses.
Palmeira já vem atuando nos bastidores do governo: dirigiu os vídeos do presidente junto acompanhado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, bem como a mensagem de Natal de 2024 e o anúncio televisivo do pacote de ajuste fiscal. Além disso, o marqueteiro também esteve presente na última reunião ministerial do ano passado.
Lula vinha reclamando da comunicação do governo nos bastidores, em especial da ausência de um marqueteiro. Em seus últimos mandatos, as gestões petistas contaram com Duda Mendonça e João Santana, que encabeçaram as campanhas presidenciais vitoriosas em 2002 e 2006, respectivamente.
Sidônio é formado em Engenharia e entrou para a política ainda na Universidade Federal da Bahia (UFBA), quando era líder estudantil.
Chegou a vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes, entre 1981 e 1982, em uma chapa ligada ao PCdoB, junto com a atualmente deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA). Foi para a comunicação após a faculdade e compôs a equipe de campanha de Lídice, em 1992, pelo PSDB, à prefeitura de Salvador. Ela acabou eleita a primeira mulher para o cargo.
COM O PT E WAGNER
Em 2006, fez a campanha, que saiu vitoriosa, de Jaques Wagner (PT) ao governo da Bahia. Sua empresa de comunicação, neste período, venceu diversas concorrências em contratos do governo baiano.
Rui Costa (PT), hoje Casa Civil de Lula, sucedeu Jaques com Sidônio à frente da campanha. Ele também foi responsável pela campanha de segundo turno de Fernando Haddad em 2018, eleição que ele perdeu para o ex-presidente Jair Bolsonaro.