Projetos de saneamento devem avançar no Nordeste em 2025, aponta associação das operadoras privadas

As regiões Norte e Nordeste do Brasil devem concentrar a maior parte dos investimentos em saneamento básico previstos para 2025, segundo levantamento da ABCON SINDCON, associação que representa as operadoras privadas do setor.

De acordo com os dados, estão programados 29 leilões no país, abrangendo 857 municípios de todas as regiões, com investimentos totais estimados em R$ 72,8 bilhões. Destes, cerca de R$ 56 bilhões (77% do total) serão direcionados a projetos no Norte e Nordeste, beneficiando uma população de 19,8 milhões de pessoas. Os estados do Pará, Pernambuco, Paraíba e Rondônia terão destaque, somados a outras iniciativas previstas para Alagoas e Bahia.

A diretora-executiva da ABCON SINDCON, Christianne Dias, destacou que o setor de saneamento enfrenta desafios, mas tem potencial para atrair novos investimentos e contribuir para o desenvolvimento.

A expectativa é que a concessão de novos projetos seja mais volumosa em 2025. O setor de saneamento básico no Brasil vive um momento desafiador, contudo, com perspectivas promissoras para atrair investimentos e impulsionar o desenvolvimento. Os leilões no Norte e Nordeste no país são exemplos dessa agenda positiva. Eles vão beneficiar regiões onde a maior parte da população não possui acesso à coleta e tratamento de esgoto. Serão emblemáticos para a corrida rumo à universalização desses serviços no país”, afirma.

Um dos principais leilões do ano será o do estado do Pará, marcado para 11 de abril. O projeto, que conta com a modelagem do BNDES, abrange 126 municípios, prevendo um investimento de R$ 18,8 bilhões e impacto direto para 5,2 milhões de pessoas.

Em Pernambuco, outro destaque, a concessão foi dividida em dois blocos. O primeiro envolve 24 cidades nos sertões Central, do Araripe e do São Francisco, enquanto o segundo inclui 160 municípios que vão da Região Metropolitana do Recife (RMR) até o Sertão do Pajeú, incluindo Fernando de Noronha. O investimento total previsto para o estado é de R$ 18,9 bilhões, com consultas públicas em andamento. No modelo proposto, a empresa pública estadual continuará gerindo a captação e o tratamento da água.

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Wallyson Costa

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