Brasil supera a marca histórica de 50 GW de potência instalada em energia solar

Nesta semana, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), anunciou o recorde  no setor de energia solar, superando 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional. Com isso, o país entra para o seleto grupo de líderes globais no setor, juntando-se aos Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Japão.

 

Entre as modalidades, a geração própria de energia por pequenos e médios sistemas domina, com 33,5 GW de potência instalada. As grandes usinas solares completam o cenário, contribuindo com 16,5 GW. Os números refletem o avanço de uma matriz energética mais limpa e renovável no Brasil.

 

No Nordeste, três estados figuram entre os 15 com mais potência instalada no ranking divulgado: Bahia (9º), Ceará (12º) , Pernambuco (13º) e Rio Grande do Norte (15º),  e os demais estados  Maranhão (16º), Piauí (17º), Paraíba (20º), Alagoas (21º) e Sergipe (24º). Ver figura abaixo:

 

 

Políticas Públicas

 

Rudinei Miranda, presidente da Aperenováveis reforça a necessidade de avanço em políticas públicas de incentivos tanto para empreendedores como para as grandes empresas do setor. Foto: Divulgação

 

Para a Associação Pernambucana de Energias Renováveis (Aperenováveis)  o índice mundial  deve ser comemorado e confirma as projeções de o País ser uma das maiores potências globais na transição energética sustentável.

 

“O Brasil será um vetor de mudança e de real impacto social, econômico e ambiental no planeta. Mesmo com índices em crescimento, ainda temos uma capacidade instalada baixa de fontes renováveis, mas temos condições de ser o grande pilar de transformação mundial”, opina Rudinei Miranda, presidente da Aperenováveis.

 

 

Rudinei cita o caso de Pernambuco, que tem excelente potencial de irradiação solar e bons ventos, mas ainda precisa avançar nas políticas públicas, trazendo incentivos para os empreendedores e as grandes empresas do setor.  Apenas 4% dos pernambucanos utilizam a matriz solar, mesmo o estado ocupando a 13ª colocação nacional.

 

“A associação está disposta a articular junto ao Governo do Estado as condições necessárias para criar um terreno fértil para desenvolver grandes projetos na região”, propõe Miranda.

 

O presidente da Aperenováveis revela ainda preocupação com a recente elevação do Imposto de Importação sobre insumos e componentes de painéis solares. “A alíquota, que era de 9,6%, foi aumentada para 25%, em decisão aprovada há duas semanas pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex)”, pontua Miranda.

 

 

 

*Com informações da Aperenováveis e Absolar

Foto destaque gerada por IA

 

 

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Luciana Leão

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