A Região Nordeste aumentou sua participação no mercado de galpões para armazenamento de produtos para o mercado de e-commerce o Brasil, ficando próxima da Região Sul. As capitais nordestinas com maior espaço por metro quadrado em galpões logísticos hoje são, pela ordem: Recife, Salvador, Fortaleza e João Pessoa.
Conforme balanço divulgado pela empresa Newmark, especializada em fazer este tipo de avaliação no mercado, no trimestre entre agosto, setembro, e outubro, do total de galpões logísticos existentes no país, o percentual do Nordeste ficou em 11,4%, chegando perto do Sul, que tem 13,3%.
De um modo geral, o balanço aponta que figura na frente, a Região Sudeste, com 72% da área total. Enquanto as regiões Centro-Oeste e Norte, figuram, respectivamente, com 2,1% e 1,1%.
A maior parte dos galpões são para comércio, serviços e indústria, e armazenam produtos pertencentes a empresas como Mercado Livre, Amazon e Americanas S/A.
Em relação às capitais nordestinas, Recife tem 1,82 milhões de metros quadrados, seguida de Salvador, com 1,5 milhões. Em terceiro lugar vem Fortaleza, com 468 mil metros quadrados destes espaços e em quarto lugar, João Pessoa, com 200 mil metros quadrados.
As outras capitais são: Maceió, com 164 mil metros quadrados, Natal (106 mil metros quadrados), Aracaju (54,5 metros quadrados), São Luís (29,5 mil metros quadrados) e Teresina (19,5 mil metros quarados).
Ambiente de negócios
O mercado de e-commerce representa atualmente, 10% do total do varejo do Brasil e tende a crescer cada vez mais. É formado hoje por um total de 18,3 mil condomínios e galpões isolados que somam 180 milhões de metros quadrados.
Com grande aquecimento no setor nos anos de 2020 e 2021 em função, sobretudo, do período da pandemia, quando as pessoas estavam mais em casa e fazendo as compras via internet, esse crescimento tem sido mantido este ano, com aumento da área locável total no Brasil em 10,5%.
Segundo a diretora de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark do Brasil, Mariana Hanania, o tamanho desse mercado é medido pelo estoque calculado em metros quadrados de área locável.
De acordo com ela, os dados apontam que o aumento da área locável dos condomínios no país passou a ter um “crescimento vertiginoso” no Brasil para atender a demanda crescente do e-commerce.
Faturamento
Conforme o relatório da Newmark, 2020 e 2021 foram anos de grande aquecimento do setor e os mais importantes desenvolvedores apostaram alto no setor nos últimos anos. Tanto que as vendas no e-commerce em 2020 e atingiram R$ 143,6 bilhões. Em 2021 o crescimento foi de quase 30%, totalizando R$ 258,5 bilhões crescendo em todas as regiões do país.
Em 2022 o mercado foi de queda, provavelmente com o retorno de muita gente às atividades normais e optando por fazer compras presencialmente. O resultado foi 2,2% em relação ao anterior. Em 2023, houve um crescimento tímido em relação a 2022, mas mesmo assim o setor registrou faturamento de R$ 254,4 bilhões.
O 1º semestre deste ano registrou R$160,3 bilhões, um crescimento de 18,7% em relação ao mesmo período do ano passado.