Uma nova era de ciência e defesa começa na Amazônia. O Exército Brasileiro (EB) entregou, na sexta-feira (1º) para a sociedade amazonense o Instituto de Pesquisas do Exército na Amazônia (Ipeam). Este novo centro de inovação e tecnologia promete impulsionar o desenvolvimento regional, conectar a defesa nacional com avanços em Inteligência Artificial (IA), Cibersegurança e Geointeligência, e fortalecer a sinergia entre o EB, a indústria e inovação, as universidades públicas e privadas, além da comunidade científica e tecnológica local.
Com a iniciativa do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do EB, o Ipeam foi implantado dentro do 4º Centro de Geoinformação do Exército(4º CGEO), unidade militar de responsabilidade do Comando Militar da Amazônia (CMA), que dispõe de infraestrutura em pessoal e material compatível com as necessidades tecnológicas, que impulsionarão esse início das atividades.
Pesquisas
O Ipeam visa desenvolver pesquisas de ponta, com aplicações de IA voltadas ao mapeamento ambiental, e fomentar a ciberdefesa, estabelecendo o instituto como referência em soluções tecnológicas que fortalecem a soberania nacional e promovem um futuro mais sustentável.
Além disso, o programa de capacitação profissional do instituto, em parceria com o Instituto Militar de Engenharia (IME), oferecerá suporte técnico a estudantes de Manaus, preparando a próxima geração de especialistas em ciência e tecnologia na Amazônia.
Durante essa semana, os temas relacionados com a aproximação da chegada do IPEAM foram debatidos e colocados como destaque em workshop e seminários na academia.
Como foi o caso no Hospital de Área Militar (HMAM), no Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), com o Instituto de Computação (ICOMP) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), como também com o Comitê da Indústria de Defesa da Amazônia (Condefesa Amazônia) instalado em setembro de 2024, com o objetivo de promover iniciativas inovadoras em colaboração entre empresas e as Forças Armadas.
Durante esses eventos, o vice-chefe do DCT, General de Divisão Eduardo Wolski, o chefe de Comando, Controle e Informação do DCT, General de Divisão Triani, o comandante do Instituto Militar de Engenharia (IME), General de Divisão Galdino e o representante do Sistema de Defesa, Indústria e Academia de Inovação (SisDIA) do escritório regional na Amazônia, Coronel Amaral, estiveram presentes.
A maior ameaça a Amazônia nos dias atuais não vem do exterior e sim do garimpo ilegal que ameaça a flora e a fauna e o madeireiro derrubando e queimando florestas.
O Exército que tem a força, prestaria serviço de maior envergadura se, sem prejuízo da pesquisa, contemplasse também o combate a destruição da região por nacionais.
Porém, não se tocou no assunto e, pelo visto, mesmo com a presença das Forças Armadas, a Amazônia continuará indefesa.