A decisão do ministro Gilmar Mendes de anular todos os processos em torno do ex-ministro José Dirceu nos casos sob responsabilidade do ex-ministro Sérgio Moro na Lava Jato lhe reestabelece os direitos políticos, mas é preciso entender toda a cena e trajetória do ex-ministro à base do que se denominou Lawfare – quando se usa a Justiça para perseguir alguém – no Brasil.
Tratar dos efeitos em torno de Zé Dirceu requer invariavelmente que se reveja ele como alvo principal do complô contemporâneo entre Capital, Justiça e Mídia contra ele, Lula e o PT já no primeiro mandato petista a partir de 2003, quando ele de fato era o mais importante ministro e da Casa Civil.
O ALVO DESDE O COMEÇO
Dimensionar esse cenário significa dizer que, se Dilma Rousseff – substituta na Casa Civil – então considerada um “Poste” foi eleita por Lula em 2010, imaginem se não tivesse havido o tal processo “Mensalão” alijando José Dirceu por ter sido punido sem provas pelo STF, cujo comando do ministro Joaquim Barbosa corroborou com menção do PGR, Roberto Gurgel, ratificando inexistir provas contra ele.
Este contexto processual reflete a ação de fora para dentro do Brasil com o Pacto entre setores da Justiça, Capital e Mídia, repito, com inspiração / supervisão americana para aniquilar de vez os líderes do PT, posto que se transformaram em perigo grave na ótica à Direita contra o universo moderno do capitalismo denominado neoliberalismo.
A existência do PT no comando do maior País da América Latina chamado Brasil, por exemplo, com modelo de governo à base de questionamentos históricos do imperialismo americano apresentando uma nova forma de governar para a base social popular defendendo a soberania brasileira eis que se motivou/transformou em Pacto externo para derrubar a linha progressista em curso.
O PACTO FASCISTA
E para impor na realidade brasileira uma estratégia típica de busca de Extermínio do PT, o Pacto neoliberal contra os petistas a partir da reeleição de Dilma sequenciando o Mensalão, abrigou a essência do que existira no Fascismo de Hitler, via o Alemão Joseph Goebbels, aplicado no caso PT brasileiro:
Princípio fundamental em 1o:
“Simplifique, não diversifique: escolha um inimigo por vez. Ignore o que os outros fazem, concentre-se em um até acabar com ele”.
“2-Princípio do contágio
Divulgue a capacidade de contágio que este inimigo tem. Colocar um passado perfeito e mostrar como o presente e o futuro estão sendo contaminados por este inimigo”.
3-Princípio da Transposição
Transferir todos os males sociais a este inimigo”.
REALIDADE CONTEMPORÂNEA
É dentro desta lógica que o País passou parte do tempo recente com o PT demonizado na sociedade abrindo espaços para a nova fase da Extrema Direita que resolveu se assumir e partir para projetos messiânicos, como do Bolsonarismo, extremista, alinhado aos neopentecostais.
Em síntese, a sobrevivência do PT com a eleição do presidente Lula, suas medidas acertadas de gestão no presente e agora com o ressurgimento político de líder do nível de José Dirceu implica em construção de nova fase petista na cena brasileira a partir de maior debate interno na direção do futuro.
Engana-se quem apostou no fim do PT. Neste processo, enfim, Zé Dirceu cumpre papel determinante até com a possibilidade real dele vir a ser candidato a deputado federal em 2026.
De fato, Zé Dirceu superou cassação de mandato como perseguição, vários processos judiciais, duas prisões, mas superou a todos. Agora é um novo tempo.
ÚLTIMA
“O nome/ a obra imortaliza”