ETENE: Produção de carne bovina em Sergipe é a que mais cresce no Nordeste

Levantamento feito pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) do Banco do Nordeste (BNB), com base em dados do IBGE, aponta que Sergipe registra o maior aumento no abate de carne bovina entre todos os estados da região Nordeste. O crescimento de 39,1% se refere ao segundo trimestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

 

No total de animais abatidos, o estado de Sergipe passou de 53,6 mil para 74,6 mil cabeças de gado no período (+39,1%). No ranking do crescimento regional, em seguida vem o Piauí, com 28,4 mil bovinos (+33,4%) e a Paraíba, com abate de 27,5 mil animais (+27,5%). Em volume, Sergipe ocupa a segunda posição, porque a Bahia registra 341,6 mil cabeças de gado. Em terceiro lugar está Pernambuco, com 62,4 mil bovinos.

Com relação à carne bovina, a produção em Sergipe subiu de 15,9 mil para 21,5 mil toneladas (+35,2%). Na sequência estão os estados da Paraíba (+28,9%) e do Piauí (+26,1%). Em termos absolutos, o estado da Bahia lidera a balança (88,9 mil toneladas), seguido do Maranhão (47,4 mil toneladas) e de Sergipe (21,5 mil toneladas).

Itabaiana

O município de Itabaiana, no agreste do estado, se destaca na cadeia produtiva da bovinocultura de corte. Pequenos e grandes produtores trabalham na localidade, por isso é fácil encontrar carne bovina nas lojas, feiras e churrascarias. E há sete anos, foi criado o primeiro frigorífico de grande porte de Sergipe, no povoado Lagoa do Forno, a 12 km do centro da cidade.

Com área de 82 mil metros quadrados, o espaço é utilizado por criadores, marchantes e feirantes de todas as regiões de Sergipe. “Hoje temos capacidade de abate de dez mil cabeças de gado por mês, com 206 empregos diretos”, explica o empresário Moacir Souza.

Com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), a empresa comprou máquinas, equipamentos e caminhões com carroceria frigorífica. “O crédito do FNE, concedido pelo BNB, foi muito importante para viabilizar o empreendimento, que presta um serviço com forte impacto social e econômico, em todos os sentidos. Muitas pessoas utilizam e são beneficiadas pelo nosso serviço”, afirma Moacir.

No centro da cidade de Itabaiana, o empresário Valmir Junior gerencia um açougue há 15 anos. A empresa familiar já financiou a compra de um pequeno caminhão para o transporte das carnes, além de capital de giro. “Sempre recomendo a outros colegas que atuam no setor a buscar o crédito do BNB, porque a taxa de juros é atrativa. Quando você tem financiamento, dá para manter melhor o negócio, inclusive para negociar bons preços com fornecedores e parceiros”, conta Valmir.

O superintendente estadual do Banco do Nordeste, César Santana, reforça o papel da instituição no desenvolvimento da cadeia produtiva. Ele explica a dimensão socioeconômica da produção de carne no estado.

 

“É um setor econômico que emprega muita gente, do sertanejo que possui cinco a dez cabeças de gado até o grande empresário rural, que possui dezenas ou centenas de funcionários. O Banco leva crédito e assistência técnica, por meio do programa de microcrédito rural Agroamigo e do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf. É parceria de qualidade, que ajuda a expandir a produção segura e saudável de carne em Sergipe”, disse o superintendente.

 

*Com informações da ASCOM BNB

Foto: Frigorífico em Itabaiana, agreste de Sergipe. Foto: Ascom FrigoSerrano

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Redacao RNE

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