Neste Dia do Nordestino, 8 de outubro, é impossível ignorar a relevância econômica do Nordeste brasileiro e do seu povo para o desenvolvimento do país. Representando quase 30% da população nacional, com cerca de 60 milhões de habitantes, o Nordeste tem se destacado nos últimos anos por um crescimento superior à média nacional. Para entender melhor esse cenário, o Portal WSCOM conversou com dois economistas que analisaram o presente e o futuro da economia com suas particularidades.
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De acordo com o economista Celso Mangueira, o Nordeste apresentou um crescimento econômico robusto desde o início deste século.
“Entre 2002 e 2019, o Nordeste cresceu 53,3%, acima da média nacional de 46,4%. A diferença é pequena, mas significativa, pois a região mantém uma participação em torno de 14% no PIB nacional. A renda per capita ainda representa apenas 52,2% da média nacional, mas esse índice já foi pior, sendo de 44% no ano 2000”, explicou Mangueira.
O economista destaca, no entanto, que esse crescimento acima da média nacional não representa, por si só, um grande feito, já que o país como um todo cresceu pouco no período. Mesmo assim, as projeções para os próximos anos são promissoras.
“Estudos realizados baseados numa série de investimentos públicos e privados previstos para os próximos anos indicam que a economia nordestina irá crescer num ritmo mais acelerado do que a média do Brasil no longo prazo. A região deve ter uma expansão média de 3,4% ao ano entre 2026 e 2034, acima dos 2,5% que serão observados para o país nesse período”, concluiu o economista.