Estiveram presentes o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; o chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho; o ministro da Previdência, Carlos Lupi; o superintendente da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Coube a este último liderar a articulação de um discurso coeso por parte do governo para evitar desgaste diante da gravidade da situação.
A reunião ocorreu logo após a operação conjunta da Polícia Federal e da CGU, que cumpriu 211 mandados judiciais de busca e apreensão. A orientação de Sidônio foi clara: evitar ruídos e apresentar à sociedade uma resposta firme e transparente, sem contradições entre os diferentes órgãos envolvidos. Discutiu-se, inclusive, o formato de comunicação — nota oficial ou entrevistas — e, diante da pressão e do potencial de dano à imagem do governo, optou-se por uma entrevista coletiva.
Outro ponto sensível debatido foi a presença do ministro Carlos Lupi na coletiva. Como o INSS é subordinado à sua pasta, havia o temor de que sua ausência fosse interpretada como tentativa de se esquivar da responsabilidade. A decisão foi por sua participação, embora o tom de sua fala tenha sido considerado defensivo, contrastando com a contundência adotada por Lewandowski, Vinicius de Carvalho e Andrei Rodrigues.