O aumento de demanda por energia elétrica pela instalação de novos data centers, crescimento da frota de veículos elétricos e projetos de hidrogênio verde deve estimular o crescimento do mercado livre de energia nos próximos anos no País. A avaliação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Para a entidade, no entanto, o Brasil ainda precisa avançar na regulamentação do armazenamento de energia elétrica, com a manutenção do cronograma do Leilão de Reserva de Capacidade específico para baterias, previsto para novembro deste ano, e equacionar os cortes de geração renovável (curtailment), com o devido ressarcimento aos empreendedores, conforme prevê a legislação.
Segundo Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, o Brasil possui atualmente cerca de 72 mil consumidores no ACL, representando quase 41% do consumo total de energia elétrica do País, ou seja, mais de um terço de toda a eletricidade consumida no Brasil é negociada no mercado livre de energia, conforme dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
“E a tendência é de crescimento do mercado livre, principalmente com a migração de consumidores do perfil de varejo, que liderou a expansão no último ano, quando houve a abertura do mercado para o grupo de alta tensão”, explica.
Sauaia avalia que o ambiente de Contratação Livre pode superar o próprio mercado cativo até o fim deste ano em termos de consumo de energia elétrica, com a perspectiva também do aumento de demanda pelas novas tecnologias de baterias, hidrogênio verde e Inteligência Artificial, além da ampliação dos contratos para as empresas de saneamento básico.
Como funciona
No mercado livre de energia funciona o consumidor tem a oportunidade de escolher entre diversas fontes de geração, como hidrelétrica, eólica, solar, entre outras. Isso proporciona maior diversidade e a possibilidade de optar por fontes mais sustentáveis, alinhando-se aos princípios de responsabilidade ambiental.