A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Piauí registrou, em 2024, um crescimento de 3.500% no volume exportado em relação a 2023: foram 720 toneladas de cera de carnaúba, diante de apenas 20 em 2023.
Para o presidente da ZPE Piauí, Álvaro Nolleto, esse salto é apenas o começo. Segundo ele, seis empresas já tiveram projetos aprovados pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) e três delas começarão a investir ainda este ano, ampliando o potencial do polo.
O primeiro grande projeto é do Moinho Piauí, que aportará R$ 40 milhões na produção de fécula de mandioca. Com previsão de operação em 18 meses, a usina criará 50 empregos diretos e mais de 500 indiretos, beneficiando diretamente agricultores familiares da região.
Em seguida, o Grupo Arrey destinará R$ 10 milhões à instalação de uma indústria de processamento de castanha de caju, gerando 150 vagas diretas 90% delas ocupadas por mulheres e reforçando a inclusão feminina. A terceira é a Solatio, do setor de energia, planeja investir R$ 27 bilhões em uma usina de hidrogênio verde, com início de operações previsto para 2028/2029 e até 3.000 empregos diretos.
Saiba mais sobre a produção de cera de carnaúba no Nordeste
Embora isentas de impostos, as empresas da ZPE Piauí fomentam a economia local por meio da industrialização e da geração de emprego. Inspirado pelo exemplo da ArcelorMittal Pecém, no Ceará, o polo já abriga duas unidades operacionais Agrocera, de cera de carnaúba, e Ecopellets, de madeira ecológica além de startups do Tech Export Hub, somando mais de 200 empregos diretos.