Eleição opõe o atual presidente Daniel Noboa, de direita, à deputada Luisa González, representante das forças democráticas e progressistas
247 – O Equador decidirá neste domingo (13), em um segundo turno presidencial acirrado, quem governará o país pelos próximos quatro anos: o atual presidente Daniel Noboa ou a deputada Luisa González, da Revolução Cidadã.
Reportagem da Prensa Latina destaca que a eleição ocorre sob forte tensão política e social, com denúncias de desequilíbrio na disputa, militarização e insegurança. Noboa, de 37 anos, herdeiro de uma das famílias mais ricas do país, tenta consolidar seu poder após vencer o pleito extraordinário de 2023, convocado após a chamada “morte cruzada”, que afastou o então presidente Guillermo Lasso. Já González, advogada de 47 anos e única mulher na disputa, representa a Revolução Cidadã e propõe uma guinada progressista, com maior presença do Estado na economia e políticas de inclusão social.
O primeiro turno, realizado em fevereiro, terminou praticamente empatado, com vantagem de apenas 0,17 ponto percentual a favor de Noboa. Especialistas apontam que o segundo turno deve ser decidido voto a voto, em um ambiente de alta polarização.
Setores sociais diversos – como indígenas, camponeses, intelectuais, artistas e trabalhadores – declararam apoio a González, identificando em sua candidatura um projeto popular capaz de enfrentar a insegurança, o desemprego e a precarização dos serviços públicos.