Com intensificação da guerra comercial EUA-China, Brasil busca ampliar vendas de carne bovina ao mercado chinês durante visita de Lula em maio
247 – A China suspendeu a compra de carne bovina de mais da metade dos fornecedores americanos em meio à crescente guerra tarifária que os Estados Unidos impõem ao gigante asiático. O Brasil, por sua vez, observa uma possível janela de oportunidade para ampliar suas exportações ao país. Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajará à China para um encontro com o presidente Xi Jinping.
Segundo a Folha de S.Paulo, atualmente, 654 empresas americanas estão registradas para vender carne bovina para a China. Porém, 392 desses estabelecimentos tiveram suas transações suspensas pela Administração Geral das Alfândegas da China, o que representa 60% dos fornecedores do setor.
Nos últimos dias, o número de suspensões tem aumentado, com fornecedores de carne de aves e suínos também sendo afetados. Nas últimas duas semanas, nove empresas tiveram suas habilitações não renovadas, incluindo a American Proteins, a Mountaire Farms of Delaware e a Coastal Processing, ligadas à exportação de carne de aves e farinha de ossos.
Em comunicado, o Departamento de Segurança Alimentar de Importação e Exportação da Administração Geral das Alfândegas da China explicou que as suspensões são uma medida preventiva para evitar riscos à segurança alimentar. A China alegou que tais ações estão em conformidade com as leis e regulamentos locais, bem como com os padrões internacionais, e visam garantir a segurança alimentar de forma científica e razoável.