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São Paulo – Com o prazo de entrega do Imposto de Renda aberto, os investidores com carteiras diversificadas — que incluem desde criptomoedas até fundos no exterior — devem ficar atentos às mudanças nas regras fiscais e às obrigações específicas para evitar problemas com a Receita Federal.
Para auxiliar, a Planejar (Associação Brasileira do Planejamento Financeiro) reuniu dicas com foco prático para orientar os investidores.
Confira abaixo as orientações passadas pela Planejar:
1. Criptoativos na mira da Receita: o que mudou e como declarar
• Criptoativos devem ser informados na ficha Bens e Direitos (Grupo 08), com detalhes sobre o tipo de ativo, custódia e local da operação. • Ganhos com venda de criptoativos no Brasil são tributados com alíquota a partir de 15%. No exterior, a tributação também é de 15%, com vencimento até 30/05/2025. • Mesmo as criptografias obrigatórias fora de exchanges precisam ser declaradas mensalmente, se as transações ultrapassarem R$ 30 mil no mês. • Cuidado: bolsas internacionais costumam não emitir relatórios em reais, exigindo controle específico do investidor.
2. Fundos, FIIs e ações: atenção ao controle da carteira
• Os investidores devem declarar a posição e os ganhos com FIIs, fundos multimercado e ações, respeitando as especificidades de cada ativo. • A isenção para vendas mensais de ações até R$ 35 mil segue válida, mas exige atenção ao limite e ao controle dos dados e valores. • Os fundos têm regras diferentes para apuração e pagamento do imposto, com destaque para as “come-cotas”.
3. Investimentos no exterior: o que é como declarar
• Ativos fechados fora do país (como ações ou fundos estrangeiros) deverão ser informados no IR e, se superarem US$ 1 milhão, também na CBE (Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior) até 5 de abril. • Ganhos com esses investimentos são tributados e precisam ser convertidos em reais de acordo com as regras da Receita. • É obrigatória a declaração de transferências para contas digitais internacionais, mesmo quando usadas apenas para aplicações financeiras.
4. Compliance e índices de dados internacionais
• A Receita Federal tem acesso a informações sobre contas e investimentos realizados por brasileiros no exterior, por meio de acordos de cooperação internacional. • Declarar corretamente é essencial para evitar multas e autuações. O apoio de profissionais especializados pode evitar armadilhas e garantir a conformidade.
5. O que mudou em 2025?
• Mudanças na tributação de ativos digitais e atualizações nos campos da declaração desativar atenção redobrada. • É fundamental acompanhar a evolução das regras para criptografia, especialmente após a regulamentação mais rígida iniciada nos últimos anos.
Sobre Planejar
A Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro) é a única instituição no Brasil autorizada a conceder a certificação CFP® (Certified Financial Planner). É afiliada ao FPSB (Financial Planning Standards Board), entidade norte-americana responsável pela divulgação, gerenciamento e controle do uso das marcas CFP® fora dos Estados Unidos. O Brasil é o quinto país com mais planejadores financeiros certificados, com mais de 10,6 mil profissionais. No mundo, são 230 mil. A certificação CFP® é uma certificação de distinção que traz um diferencial para a carreira do profissional. Para obtê-la, além de comprovar conhecimentos técnicos por meio de avaliação específica, o candidato também precisa comprovar formação acadêmica, experiência profissional e adesão a um código de ética. Para manter a certificação, o profissional precisa ainda cumprir os requisitos de educação continuada.
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IR 2025: Planejar explica como declarar criptomoedas, fundos, ações e investimentos no exterior sem cair na malha fina
