Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Bem, cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem, cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem, cookies para exibir.

No coração da resistência, um novo mercado floresce: o pioneirismo do lúpulo em União dos Palmares

União dos Palmares, em Alagoas, carrega na sua história o legado de luta e liberdade do Quilombo dos Palmares, um dos maiores símbolos da resistência negra no Brasil. Hoje, a região se reinventa e desponta em um novo protagonismo: a primeira produção comercial de lúpulo no Nordeste. O cultivo, ainda recente no Brasil, ganha espaço estratégico em terras alagoanas, a partir de 2023, e sinaliza um movimento inédito na economia local, impulsionando a cadeia produtiva da cerveja artesanal.

A Fazenda Sete Léguas, situada a 73 quilômetros de Maceió, foi palco, em março deste ano, da quinta colheita de lúpulo no estado. O evento, promovido pela produtora pioneira Hop is All, contou com a presença de produtores, pesquisadores e representantes do setor cervejeiro, consolidando a iniciativa como um marco na agricultura alagoana.

O projeto tem o apoio de instituições como Sebrae Alagoas, Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), demonstrando a força da colaboração entre o setor produtivo e acadêmico.

Impulso à produção regional

Apesar de ser o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, o Brasil ainda importa cerca de 90% do lúpulo utilizado em suas formulações, especialmente dos Estados Unidos e Europa. A possibilidade de produção local no Nordeste não apenas reduz a dependência externa, mas também garante insumos mais frescos e adequados à identidade das cervejarias artesanais regionais.

Exemplo desse impacto é a Cervejaria Caatinga Rocks, que já utiliza o lúpulo cultivado na Fazenda Sete Léguas. Em 2024, um de seus rótulos foi eleito o melhor do Brasil no prestigiado Brasil Beer Cup, em Florianópolis. No mesmo concurso, tanto a Caatinga Rocks quanto a também alagoana Hop Bros figuraram entre as 50 melhores cervejarias do país.

Esse reconhecimento demonstra como a aposta na produção regional pode elevar o patamar da cerveja artesanal nordestina e fomentar um mercado ainda pouco explorado.

Inovação e pesquisa: os desafios do cultivo no Nordeste

A adaptação do lúpulo ao clima nordestino tem exigido soluções inovadoras. O trabalho conduzido por pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), busca entender os desafios fitossanitários e desenvolver técnicas que permitam maior produtividade e qualidade do insumo.

“A principal dificuldade está na adaptação da planta ao nosso regime de chuvas e temperatura. Nós temos estudado as variedades que melhor se adaptam e desenvolvemos estratégias para manejo de pragas”, explicou o pesquisador Elio Guzzo, da Embrapa Tabuleiros Costeiros.

Entre os obstáculos estão a necessidade de controle eficiente de pragas, o ajuste das condições de luminosidade e temperatura, bem como a seleção de variedades mais adaptadas ao solo e ao clima local. Esses avanços não apenas consolidam o lúpulo como uma cultura viável para o Nordeste, mas também abrem portas para futuras expansões e aprimoramentos na cadeia produtiva.

 

 

*Com informações da Embrapa

 

Curta e compartilhe:

Luciana Leão

Leia mais →

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

enptes