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Itaipu leva modelo de gestão de resíduos sólidos a Belém e inspira a Amazônia Legal e o mundo rumo à COP30

 

Por Franciéli Barcellos de Moraes

 

“Não há como falar de mudança do clima sem falar em resíduos”. Esta afirmação é de Débora Baía, presidente da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Concaves), uma das maiores Unidades de Valorização de Recicláveis (UVRs) da região norte do Brasil. A catadora vivencia no dia a dia os valores da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que em novembro acontece em sua cidade, Belém.

Com um espaço de 1.770,53 m² contemplados, a Concaves é a primeira de quatro cooperativas da capital paraense a iniciar a execução das empreitadas de manutenção, reforma e adaptação de seu galpão. As obras são realizações do Convênio 71 (Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental, Inovação em Bioeconomia), financiado pela Itaipu Binacional e executado pela prefeitura belenense em vistas à COP30. Entre os objetivos estão tanto a melhora dos índices de coleta seletiva e reciclagem na cidade-sede da Conferência como das condições de vida e trabalho das e dos catadores cooperados.

Se a quantidade anual de resíduos sólidos urbanos gerados no mundo fossem alocada em contêineres de transporte e alinhados lado a lado, a quilometragem alcançada seria superior a uma ida e volta à lua: mais de 768.800 quilômetros.

previsão do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é que a geração de resíduos sólidos urbanos aumente em dois terços até 2050. No Brasil, a permanência de lixões e a queima irregular de resíduos respondem por cerca de 6 milhões de toneladas de gás de efeito estufa, de acordo com levantamento do Departamento de Economia do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb).

 

 

Débora Baía é tecnóloga em Gestão Ambiental e preside a Concaves. Foto: Gabriel Della Giustina /COP30

 

A Cooperativa gera mais de 65 toneladas de resíduos sólidos ao mês _ Foto _ Gabriel Della Giustina _ COP30

 

 

 

 

 

 

 

 

Localizada em frente ao Rio Guamá, com vista direta à fauna e à flora amazônica, a UVR atualmente conta com 120 pontos de coleta entre empresas, condomínios, escolas, universidades e órgãos públicos e trabalha com cerca de 800 toneladas de resíduos sólidos ao ano. Ao finalizar da obra, este número poderá expandir em cerca de 400%, uma vez que o investimento garante mais eficiência operacional ao sistema de reciclagem.

Quanto à questão humana, a Concaves atua com 22 cooperados, os quais têm uma projeção de melhora salarial de ao menos dois salários mínimos a partir da conclusão do empreendimento. Trinta pessoas já estão em cadastro ativo, para iniciarem no posto ao fim da reforma.

“Com a conclusão das obras e a capacitação dos cooperados, a Concaves terá sua capacidade de processamento ampliada para 300 toneladas mensais. Essa modernização trará impactos significativos para a limpeza urbana, a saúde pública e a qualidade de vida da população de Belém, além de fomentar novas oportunidades de emprego e renda para os catadores de materiais recicláveis”, realça Olmo Xavier, diretor-geral de Projetos da Secretaria Extraordinária da Casa Civil para a COP30.

 

“Até mais importante que desenvolver esse trabalho no município que vai acontecer a COP30, é que a gente vai poder mostrar para todos os outros estados da Amazônia Legal que é possível uma cooperativa de catadores fazer a gestão de um espaço com essa magnitude, receber um benefício como esse, que a gente tem capacidade de fazer isso, de sermos um centro de referência”, expõe Débora, presidente da Concaves e articuladora da Central da Amazônia, central única de cooperativas compreendidas na região brasileira da floresta tropical sul-americana.

 

Investimento histórico da Itaipu Binacional

 

“A Itaipu tem como missão, além de produzir uma energia barata de qualidade, o compromisso socioambiental. E não existe no mundo melhor objetivo socioambiental do que a COP30″

 

Os investimentos da Itaipu Binacional em Belém, em preparação para a COP30, representam o maior aporte financeiro da história da empresa pública internacional fora de sua área de abrangência geográfica. Ao total, a cidade dispõe de R$ 1,3 bilhão em investimentos da binacional, que é a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta, promotoras de desenvolvimento sustentável e propulsora de boas práticas ambientais e sociais.

Os investimentos da Itaipu Binacional em Belém, em preparação para a COP30, representam o maior aporte financeiro da história da empresa pública internacional fora de sua área de abrangência geográfica. Ao total, a cidade dispõe de R$ 1,3 bilhão em investimentos da binacional, que é a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta, promotora de desenvolvimento sustentável e propulsora de boas práticas ambientais e sociais.

 

Em 2024, a Itaipu entregou caminhões de coleta seletiva para municípios do oeste paraense. Foto Paulo Edilson/Itaipu Binacional

No que toca especificamente às obras das UVRs, estas integram um projeto mais amplo, identificado como Convênio 71, em que estão também estão abarcadas a compra de um barco movido a hidrogênio, ações de educação ambiental e a reforma do Distrito de Bioeconomia de Belém, o qual abrigará cerca de trinta empresas vinculadas ao tema. Tanto a reforma do Distrito quanto às ações educacionais serão destrinchadas nas próximas reportagens.

As quatro Unidades contempladas terão sistema de geração de energia fotovoltaica e biodigestores e, ao total, mais de um milhão de pessoas, em 37 bairros, devem ser beneficiadas. A metodologia já é consagrada pela Itaipu e Itaipu Parquetec, que a desenvolvem nos 55 municípios abrangidos pela área de atuação da usina.

O movimento extrapola o fornecimento de equipamentos e infraestrutura, possibilitando apoio técnico, cursos de capacitação e até o fomento à criação de leis municipais. Com dados da empresa binacional, em 2019, as Unidades de Valorização de Recicláveis em sua zona de influência geraram R$ 10,8 milhões de receitas operacionais, além de uma economia de R$ 4 milhões às prefeituras, na operação dos aterros. O informe também indicou a comercialização de mais de 16 mil toneladas de materiais recicláveis no ano indicado.

O diferencial do Reciclômetro

Também será aplicado junto às cooperativas de Belém o Reciclômetro, um painel desenvolvido conjuntamente por técnicos da Itaipu e do Parque Tecnológico, representantes de municípios e lideranças de catadores para acompanhamento e sistematização de resultados. A ferramenta apresenta um conjunto de indicadores econômicos, sociais e ambientais que permite medir o nível de atendimento, checar pontos de melhoria e, também, dar visibilidade aos impactos da gestão de resíduos sólidos.

“Nós esperamos que o nosso projeto, que lá já tem vinte anos, em Belém também consiga avançar. Na sociedade tem o impostômetro, o hidrômetro e porque agora também não o reciclômetro, que é justamente para saber quanto se coleta em uma pequena cidade. Divide-se o valor pela população e a gente vai saber per capita quanto aquele município está coletando”, explica o gestor dos contratos da Itaipu Binacional para a COP30, Luiz Suzuki, que indica experiências em pequenos municípios do Paraná que já chegam a 90% de resíduos coletados.

Compromisso do governo brasileiro

 

O presidente Lula sancionou em 2023 o Programa Diogo de Sant`Ana Pró-Catadores Foto: Karol Santos
Desde 2010 o Governo Federal trabalha com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10), que organiza a maneira com que governos, empresas e consumidores devem lidar com os resíduos sólidos no Brasil, por objetivo de mitigar os impactos deste tipo de resíduo no meio ambiente e na saúde pública e favorecer uma economia circular e sustentável.
Em 2023, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçando o  papel fundamental das e dos catadores na gestão de resíduos urbanos, relançou o Programa Pró-Catador, criado em 2010 e extinto em 2020. O agora Programa Diogo de Sant’Ana Pró-Catadoras e Pró-Catadores para a Reciclagem Popular articula ações das esferas públicas voltados à promoção e defesa dos direitos dos profissionais que trabalham com materiais reutilizáveis e recicláveis.

Desta forma, no último ano, o Governo Federal divulgou o Novo Cataforte, iniciativa com aporte de R$ 103 milhões para o apoio à inclusão socioprodutiva de catadores e fortalecimento de cooperativas e associações de reciclagem.

Uma das metas é ampliar a participação destas na coleta seletiva nas cidades e no processo de logística reversa. Outro anúncio foi do Conexão Cidadã, projeto com finalidade de levar assistência em saúde, como primeiros socorros e vacinação, a catadores e catadoras. É também prevista assistência em saúde mental, para apoio psicológicos aos trabalhadores, muitas vezes vítimas do estresse e da discriminação.

 

 

*Com a SECOM COP30
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Redacao RNE

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