Os governadores e vice-governadores dos estados da Amazônia Legal se reuniram em Brasília (DF), nesta quarta-feira (12), para o lançamento do Plano de Atuação do Consórcio da Amazônia Legal para a COP 30. O evento, que ocorrerá em novembro, em Belém (PA), é uma oportunidade estratégica para a região atrair investimentos e consolidar sua posição na agenda climática global.
Durante o encontro, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, reforçou o compromisso do estado em apoiar o Pará na realização da conferência, destacando a infraestrutura maranhense para facilitar o fluxo de visitantes e a mobilidade do evento.
“Somos estados vizinhos e queremos contribuir para o sucesso da COP 30. Podemos auxiliar na logística de transporte, hospedagem e infraestrutura aeroportuária, garantindo mais fluidez no deslocamento de delegações internacionais e nacionais”, afirmou Brandão.
Ações sustentáveis
Além da parceria logística, o governador apresentou iniciativas sustentáveis do Maranhão que serão levadas à COP 30, como o programa Floresta Viva, que já conta com financiamento de 16 empresas internacionais e inclui o maior viveiro público do Brasil.
Com 600 mil mudas cultivadas, a meta é atingir 1 milhão, distribuídas a pequenos agricultores para recuperar áreas degradadas e gerar renda. Também destacou o programa Maranhão Sem Queimadas, voltado à redução de queimadas e desmatamento, para o qual busca apoio do BNDES.
“Chegou a hora de virarmos o jogo. Durante anos, os estados amazônicos foram apenas cobrados, mas agora queremos mostrar que temos projetos viáveis e inovadores. Precisamos de investimentos e parcerias para preservar a floresta e promover o desenvolvimento sustentável e social”, pontuou Brandão.
O governador do Pará, Helder Barbalho, enfatizou que, embora a COP aconteça em Belém, a conferência pertence a todo o Brasil e à Amazônia Legal. “Hoje damos a largada para essa nova agenda, que busca o protagonismo dos estados amazônicos. Esta será uma COP da floresta, do Brasil, e não apenas de Belém”, destacou.
Para Barbalho, a COP 30 será um momento-chave para o Brasil liderar a agenda ambiental global. “Temos a legitimidade de ser uma locomotiva para o resto do planeta. O Brasil pode e deve dar o exemplo de como conduzir uma transição energética limpa e sustentável”, finalizou.
O Consórcio da Amazônia Legal é formado pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Sua agenda para a COP 30 está alinhada à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), com foco na transição energética e no desenvolvimento sustentável.