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“A única coisa que não está tendo mais é polêmica, né? Que agora todo ano o galo está bonito”, brincou o prefeito João Campos. “Esse é o maior galo da história. Além de estar 5 metros maior, a gente vai ter ele até o domingo seguinte ao carnaval. Normalmente, ele era desmontado na quarta-feira. Daqui a pouco o céu é o limite. O maior bloco do mundo tem que também ter essa irreverência, e eu acho que o caráter social, tanto o setor do material reciclável, como também ele com o cordão que simboliza o cuidado, a atenção, o respeito às pessoas com TEA, faz um carnaval que gera inclusão e respeito. Carnaval é festa, é cultura, é turismo, mas que bom que a gente pode, num momento como esse de alegria, parar para fazer uma reflexão”, disse.
A noite de celebração contou com apresentações que exaltaram a diversidade cultural do Recife. O Bloco das Ilusões abriu a festa com lirismo e nostalgia, seguido pela Tribo de Caboclinhos Tupi, em reverência às tradições indígenas. Os Clarins de Momo, a Orquestra Veneza Brasileira e a Companhia Luden de Dança completaram o espetáculo, embalando o público com muito frevo e energia.
O Galo Cidadão Ecológico
A base da alegoria recebeu um jardim cenográfico upcycle, com cerca de 100 flores feitas de materiais descartados, inspiradas na obra do paisagista Burle Marx. O figurino do Galo foi criado com um design paramétrico, permitindo o encaixe preciso de milhares de garrafas recicladas, e seguiu a estética do pontilhismo armorial, remetendo aos bordados dos maracatus da Zona da Mata Norte.
A escultura permanecerá na Ponte Duarte Coelho até o dia 9 de março, domingo pós-Carnaval, reforçando a proposta de sustentabilidade e cidadania do projeto.
Mensagens de inclusão e sustentabilidade
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