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Por que o Brasil precisa voltar para os trilhos?

*Rafaela Aparecida de Almeida

 

Atualmente, as economias globais bem-sucedidas diversificam suas matrizes de transporte, com investimentos robustos em ferrovias, enquanto o Brasil continua excessivamente dependente do modal rodoviário. A discrepância torna-se evidente quando comparamos a malha ferroviária nacional com a de potências globais – o Brasil possui apenas 30.354 km de ferrovias em operação, já os Estados Unidos superam 250 mil km, e a China, que tem investido massivamente em infraestrutura ferroviária, já ultrapassa 150 mil km.

 

O governo federal está prestes a lançar o Plano Nacional de Ferrovias, um projeto estratégico que prevê um investimento de R$ 100 bilhões para expandir a malha ferroviária brasileira em aproximadamente 4.700 km. A iniciativa inclui a concessão de cinco novos trechos à iniciativa privada, com o objetivo de modernizar e fortalecer a infraestrutura de transporte do país.

 

Os principais projetos contemplados no plano são:

 

Corredor Leste-Oeste: com cerca de 2.400 km de extensão, conectará a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) à Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico).

Prolongamento da Ferrovia Norte-Sul: a ferrovia será estendida em 477 km, ligando Açailândia (MA) ao Porto de Vila do Conde (PA).

Anel Ferroviário do Sudeste: um novo trecho de 300 km interligará Vitória (ES) a Itaboraí (RJ).

Transnordestina: com a adição de 600 km de trilhos, a ferrovia passará a se conectar à Ferrovia Norte-Sul em Estreito (MA).

Ferrogrão: prevê a ampliação de 933 km, ligando Sinop (MT) a Itaituba (PA).

 

No cenário atual, o Brasil, apesar de sua vasta extensão territorial enfrenta um paradoxo logístico: a predominância do transporte rodoviário de cargas. Atualmente, cerca de 65% das cargas brasileiras são transportadas por rodovias.

 

Com essas iniciativas, o governo busca ampliar a participação do modal ferroviário na matriz de transportes, reduzindo a dependência do sistema rodoviário e aumentando a competitividade do setor produtivo brasileiro.

 

A urgência da mudança

 

A falta de uma estratégia eficiente e de longo prazo, para diversificar os modais impõe custos elevados em diversas frentes: econômica, ambiental e social.

 

O impacto reflete-se diretamente no custo logístico, que representa cerca de 12% do PIB nacional, reduzindo a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

 

A transição para o transporte ferroviário é uma necessidade urgente, uma vez que as ferrovias oferecem custos operacionais mais baixos, maior capacidade de carga e menor impacto ambiental.

 

Para se ter uma ideia, cada vagão ferroviário transporta o equivalente a 2,5 caminhões.

 

Um trem com 100 vagões substitui 357 caminhões, reduzindo significativamente os custos operacionais, descongestionando rodovias e diminuindo as emissões de CO₂ em até 90% por tonelada transportada.   

 

A longo prazo, investimentos estratégicos no setor ferroviário diminuiriam os custos logísticos, aumentariam a segurança no transporte de cargas e reduziriam os altos índices de acidentes nas rodovias, os quais atualmente consomem bilhões em recursos públicos.

 

O Brasil precisa, literalmente, voltar para os trilhos para garantir um sistema de transporte mais eficiente, seguro e sustentável.

 

 

 

 

*Rafaela Aparecida de Almeida é doutora em Gestão Urbana e professora da ESGCN no Centro Universitário Internacional UNINTER 

 

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Redacao RNE

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