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“Macrodrenagem é dignidade”: o legado das obras da COP30 para Belém

Por Franciéli Barcellos de Moraes*

 

“Na casa da vizinha ali subia a água, ela levantou um muro e mesmo assim a água subia. É algo que virou rotina com a chegada do inverno [amazônico] ou até mesmo com alguma chuvinha no verão, porque não tinha vigas de concreto. A água atravessava mesmo. Para a criançada é sempre alegria, mas tinha o risco, sabe como é, tinha muita doença aqui, muita gente ficava doente”.

 

“Eu sou uma das pessoas que foi vítima, justamente por essas inundações. Às vezes a gente precisava estar pisando nessas águas, então peguei não somente aquelas frieiras, mas a própria dengue, através dos carapanãs (mosquitos)”.

 

“A política de macrodrenagem traz com si diversas outras políticas. Não é só o saneamento básico, é saúde, mobilidade, segurança pública.”

O canal do Timbó foi finalizado e entregue à população de Belém já no início deste ano. Foto: Isabela Castilho/COP30

 

Essas declarações são, respectivamente, de Cledson Júnior e Nilson Borges, moradores de Belém que falam sobre as condições de vida em áreas da cidade antes das obras de macrodrenagem para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) sob duas perspectivas: são residentes dos bairros beneficiados e também trabalhadores das realizações.

 

Uma política de geração de emprego alinhada com responsabilidade social e desenvolvimento regional, valores centrais à presidência brasileira da Conferência que neste novembro acontece na capital paraense.

 

Dados da Secretaria de Obras do Pará (SEOP) dão conta de cerca de 2.200 postos de trabalho diretos gerados em decorrência das obras, número que deve crescer em mais de 35% até a conclusão dos empreendimentos. Destes postos, em torno de 80% são ocupados por belenenses. Mas há ainda outro diferencial: a seleção dos trabalhadores passa por um critério de localidade, privilegiando a contratação, para cada obra, de homens e mulheres que residam no bairro contemplado, a exemplo de Cledson e Nilson.

 

Uma oportunidade de emprego que dá a estas pessoas a condição de irem ao serviço de bicicleta ou até mesmo à pé, almoçarem em casa e terem tempo hábil de buscarem o filho na escola do bairro ao fim do expediente. Para além, essa dinâmica de contratação possibilita a essas pessoas serem agentes ativos da transformação de onde e como vivem.

 

Vanessa Blais, diretora de Articulação Comunitária da SEOP, explica que parte dos currículos chega por meio da relação junto a lideranças locais e coordenações das associações de bairro, o que fortalece o vínculo com as comunidades. Ademais, a diretora também denota a função social das execuções de macrodrenagem.

 

“A política de macrodrenagem traz com si diversas outras políticas. Não é só o saneamento básico, é saúde, mobilidade, segurança pública. São áreas, por terem ruas muito estreitas, onde não entravam ambulância nem carro da polícia, por exemplo”, destacou a diretora.

 

Trabalhadores-moradores

 

“A gente já tem outra visão. Saber que tudo aquilo que você tá vendo feio logo vai ver pronto”, fala Sorriso. Foto: Isabela Castilho/COP30
“Não somente eu, mas várias pessoas daqui da comunidade estão empregadas”, diz Nilson. Foto: Isabela Castilho/COP30

 

 

Cledson Junior, mais conhecido como Sorriso, é morador do bairro Guamá, o mais populoso de Belém, e trabalha na obra do canal Caraparu. Criado na localidade, ao recordar sua infância “jogando bola, soltando pipa e tomando banho no canal”, destacou a diferença que as intervenções trazem à rotina das crianças e demais habitantes do bairro agora, bem como a satisfação em fazer parte do projeto.

 

“Eu não tinha nenhuma experiência, como morador não sabia como funcionava, como alagava, e agora a gente tem uma outra visão, de melhoria, de começar uma renovação. No fim, vai ser muito gratificante estar aqui”, relatou o servente, que a partir dessa bagagem pretende se qualificar e continuar atuando no ramo da construção civil.

 

Entusiasmo que Nilson Borges compartilha. Morador do Marco, igualmente atua como servente, na obra dos canais Vileta, União, Leal Martins e Timbó (VULT).

 

“É um sentimento de gratidão, de felicidade, um sentimento o qual eu a cada momento fico observando como era antes aqui, como está hoje, e como vai ficar ainda melhor quando terminarmos todo esse processo. Isso para nós, para toda a comunidade que está aqui próxima, com quem a gente conversa, gera esse mesmo sentimento o qual estou expressando”, contou.

 

Maior intervenção em macrodrenagem da história de Belém

 

Ao todo, mais de cinco quilômetros de canais passarão por obras. Foto: Isabela Castilho/COP30

 

É assim que a prefeitura da cidade-sede da COP30 define o projeto, que conta com aporte do Governo Federal via recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). São R$ 847 milhões aprovados pelo Banco para o financiamento de obras em vista da Conferência em Belém. Ao total, mais de meio milhão de cidadãos serão beneficiados pelas intervenções na cidade.

 

“Esse é o maior investimento já realizado pelo Banco em urbanização integrada de favelas e periferias, um legado concreto da COP30 para a capital paraense”, afirmou neste mês o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, após anúncio de mais um incremento às ações.

 

“Esse é o maior investimento já realizado pelo Banco em urbanização integrada de favelas e periferias, um legado concreto da COP30 para a capital paraense.”

*Equipe da Coordenação de Imprensa da COP 30.
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Redacao RNE

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