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Pacto nacional para o crescimento do Brasil: equilíbrio fiscal e estímulo à indústria

Por Walter Santos

 

A indústria brasileira se mantém muito antenada com os desafios da nova conjuntura global provocando atenção redobrada com as políticas contemporâneas dos EUA interferindo nas relações internacionais. Só que a CNI tem foco e políticas bem resolvidas para o futuro à frente com abrigo de inovação. Nesta entrevista exclusiva do presidente Ricardo Alban, ele explica as principais projeções nesta fase dos questionamentos e oportunidades. Eis a íntegra:

 

Leia abaixo ou acesse pelo app da NORDESTE clicando aqui

 

REVISTA NORDESTE – O Brasil convive com cenário econômico-financeiro registrando juros com índices que geram questionamentos de diversos setores. Como representante da indústria nacional, qual a sua avaliação desse patamar consolidado pelo Banco Central nas últimas reuniões afetando seu segmento?

 

RICARDO ALBAN – Os juros altos custam muito caro para o Brasil. O atual patamar da Selic de 13,25% ao ano encarece o crédito e reduz a capacidade de investimento das empresas, impactando diretamente a produção, a criação de emprego e a competitividade.

Os empresários que precisam investir na compra de máquinas e equipamentos, ou mesmo contratar capital de giro para fazer frente às necessidades financeiras do dia a dia, sentem esses efeitos. Em um ambiente de taxas altas, os custos financeiros reduzem as margens de lucro, desestimulando o lançamento de novos produtos e restringindo o capital de giro.

O desafio do país é harmonizar as políticas monetária e fiscal de forma a não inviabilizar as conquistas alcançadas pela indústria até meados de 2024. Temos, portanto, muitas dificuldades a vencer.

 

REVISTA NORDESTE – A ABDI tem repetido nos últimos tempos a informação de que, enfim, os investimentos na indústria brasileira estão em pauta pelo Governo Federal como prioridade. Qual sua opinião sobre tudo isso na prática?

 

RICARDO ALBAN – O governo tem priorizado o programa Nova Indústria Brasil (NIB), que é uma política moderna, viável, estruturada em um conjunto de programas e medidas que buscam solucionar os desafios atuais da indústria brasileira.

A NIB é um apoio essencial para a indústria brasileira ser mais competitiva, além de estimular os negócios, os investimentos e o empreendedorismo em todo o país. Um dos braços de investimentos da NIB, o BNDES tem aportado recursos para setores estratégicos que precisam de recursos para inovação e para serem mais sustentáveis.

 

Brasil e os Estados Unidos

 

“A ênfase em políticas protecionistas e na renegociação de acordos comerciais pode levar à criação de mais barreiras para a entrada de produtos brasileiros no mercado norte-americano”. Foto/CNI

REVISTA NORDESTE – O presidente Donald Trump anuncia investimento pesado para fortalecer a indústria e a econômica americana. De que forma isso deve afetar a indústria brasileira?

 

RICARDO ALBAN – A ênfase em políticas protecionistas e na renegociação de acordos comerciais pode levar à criação de mais barreiras para a entrada de produtos brasileiros no mercado norte-americano, como aplicação de tarifas ou cotas de importação. Isso tende a afetar principalmente setores exportadores brasileiros, que podem enfrentar custos adicionais e aumento da concorrência interna nos Estados Unidos.

No entanto, é fundamental preservarmos as relações econômicas com os Estados Unidos. Elas têm impacto significativo na atividade econômica do país, já que são o principal parceiro do Brasil nas exportações da indústria de transformação, especialmente de produtos com maior intensidade tecnológica, comércio de serviços e investimentos bilaterais. A CNI trabalha para fortalecer essa relação cada vez mais por meio de uma agenda voltada ao fortalecimento do relacionamento bilateral e da integração internacional.

 

Pautas à mesa

 

REVISTA NORDESTE – Quais as pautas a CNI priorizará em 2025 nas discussões com o Congresso Nacional?

 

RICARDO ALBAN – Este começo de ano é um momento importante em que o segmento industrial se reúne para construir a Agenda Legislativa da Indústria, que reúne os principais projetos acompanhados pela CNI junto ao Congresso Nacional.

Em 2025 a agenda chega a sua 30ª edição. Entre os temas que acompanharemos muito atentamente estão a regulamentação da reforma tributária, a modernização do licenciamento ambiental, a lei de modernização do setor elétrico, a reforma da renda, a reforma administrativa, a lei das concessões, a nova lei da inteligência artificial, entre outras importantes proposições.

Essas propostas que estarão presentes na Agenda Legislativa refletirão o compromisso da indústria com o futuro do Brasil e servirão de instrumento para qualificar o diálogo do segmento industrial com o Poder Legislativo, na busca pelo crescimento econômico e social do país.

 

Nordeste Forte

 

REVISTA NORDESTE – Há anos, os nove estados nordestinos constituem e promovem o NORDESTE FORTE como articulação regional. Como o senhor vê esse movimento e qual sua expectativa quanto à gestão do presidente Cassiano Pereira?

 

RICARDO ALBAN – O Programa Nordeste Forte tem atuado com muita eficiência na busca por melhorias e para o fortalecimento da indústria na região. Tenho certeza de que o presidente Cassiano Pereira fará um trabalho importante e, com a sua liderança, levará melhorias e fortalecerá as indústrias nordestinas. O Nordeste tem um grande potencial industrial.

Precisamos de políticas públicas que estimulem a sua competitividade, gerando emprego e renda. A regiãoabriga enormes oportunidades na transição energética, com um potencial significativo para as energias renováveis, inclusive eólica e fotovoltaica. Precisamos buscar vantagens competitivas e essa é, sem dúvida, uma vantagem positiva para alavancar a economia.

No fim do ano passado, em parceria com todas as federações das indústrias do Nordeste, a CNI lançou o estudo “Panorama da Infraestrutura – Região Nordeste”, que aponta os gargalos e propostas para melhorias da infraestrutura nos nove estados.

O avanço das energias renováveis, como a produção de hidrogênio verde por exemplo, representa um grande impulso para a região. Além disso, a conclusão de projetos estruturantes, como a Transnordestina, impulsionará a economia regional, facilitando a dinamização da sua produção, além de fomentar uma maior integração com o resto do mundo.

 

REVISTA NORDESTE – De que forma a CNI tem priorizado as políticas de incentivo e investimentos na Tecnologia como parceira da indústria nacional?

 

RICARDO ALBAN – A CNI investe e aposta na tecnologia e na inovação como primordiais para o desenvolvimento e a competitividade da indústria brasileira. Temos elevados investimentos no que há de mais avançado e moderno em termos de ciência, tecnologia e inovação. Mantemos 28 institutos SENAI de Inovação e 56 institutos de tecnologia em todo o país.

Temos parcerias consolidas com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Sabemos que uma das ferramentas mais importantes para o desenvolvimento da indústria é o financiamento. Para isso, as indústrias brasileiras têm acesso a programas do BNDES e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que estão com recordes de investimentos a juros melhores que os do mercado.

 

Pacto nacional

 

“Defendemos um pacto nacional, balizado por elementos que levem o Brasil para o caminho da prosperidade, com mais criação de riqueza e, principalmente, com mais emprego e renda para a população”. Foto/CNI

REVISTA NORDESTE – Como o senhor projeta a expectativa da indústria brasileira para o ano de 2025?

 

RICARDO ALBAN – É um ano desafiador em que precisamos consolidar os esforços do programa Nova Indústria Brasil (NIB) para continuarmos em trajetória de crescimento. Temos obstáculos, como principalmente a alta dos juros, que deve conter o consumo e os investimentos, mas temos a expectativa de que a Taxa Selic volte a cair, especialmente a partir do segundo semestre.

As projeções da CNI são menos otimistas para a economia brasileira do que em 2024, com estimativa de crescimento de 2,4%. Isso se deve, primordialmente, às alterações de política monetária, com a alta de juros. Mas espero que possamos nos surpreender com a economia em 2025, assim como nos surpreendemos com os resultados em 2024 e, de alguma forma, em 2023.

Por isso, defendemos um pacto nacional, balizado por elementos que levem o Brasil para o caminho da prosperidade, com mais criação de riqueza e, principalmente, com mais emprego e renda para a população. Trata-se de criar um consenso em torno de metas fiscais e de políticas econômicas estruturantes, garantindo que, enquanto se busca o equilíbrio das contas públicas, haja também estímulos seletivos que assegurem a continuidade dos investimentos.

Isso envolve regras claras de responsabilidade fiscal associadas a estímulos para setores estratégicos, como a indústria e o agronegócio. O sucesso dessa missão depende da união entre todos os Poderes e setores econômicos para dissipar expectativas negativas e imprimir ao país um novo ciclo de expansão inclusiva e duradoura.

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Redacao RNE

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