João Pessoa faz Carnaval sustentável com projeto ‘Recicla Folia’ em parceria com Ministério Público

Começou nesta sexta-feira (14) o projeto Recicla Folia, iniciativa da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) em parceria com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), para coletar os materiais recicláveis, na Via Folia. A ação vai incluir as associações de catadores apoiadas pela Emlur, que serão remuneradas pelo serviço da coleta seletiva.

 

Segundo o superintendente da Emlur, Ricardo Veloso, a ação vai fomentar e ampliar a coleta seletiva na cidade, que já é feita dentro do programa Recicla-JP. “Os catadores vão recolher os materiais recicláveis, evitando que os resíduos sejam misturados com material orgânico. Desta forma, vamos proteger o meio ambiente e incentivar que a população faça o mesmo, não só em festas, mas em seu cotidiano, ao darmos visibilidade ao trabalho dos catadores”, destaca.

 

O trabalho de coleta seletiva será feito nas cinco noites dos blocos que desfilam pela Via Folia, começando nesta sexta-feira (14) e se estendendo até o dia 26, com o bloco Muriçocas do Miramar. As associações que farão o serviço são Ascare- JP, Acordo Verde e Tribo de Judá. Cada noite contará com o trabalho de mais de 50 catadores.

 

Para o presidente da Ascare-JP, Carlos Galdino, o trabalho nos festejos pré-carnavalescos representa uma valorização da categoria.

 

“Adotaremos um sistema operacional diferente do que fazemos diariamente. Vai ser interessante participarmos porque vamos ser vistos, sendo possível que mais empresas façam adesão à reciclagem. Além disso, é uma coleta mais adequada ambientalmente falando”, ressalta.

 

Sustentabilidade cultural

 

A promotora do Ministério Público da Paraíba, Claudia Cabral, afirma que o objetivo de inserir as associações de catadores no Carnaval é implementar a sustentabilidade cultural.

 

“João Pessoa é conhecida como uma cidade verde, então, queremos um meio ambiente sustentável”. Ela evidencia que a ideia é replicar a coleta seletiva em outros grandes eventos da cidade, a exemplo do São João e o Réveillon.

 

“Queremos que o setor cultural esteja alinhado com políticas ambientais e inclusão social dos catadores. Não é possível haver eventos sem pensarmos nos resíduos sólidos gerados”, observa a promotora. “A coleta seletiva é responsabilidade de todos nós. A partir do Carnaval, podemos chamar a sociedade a ter esse envolvimento”, complementa.

 

 

*Com informações da Emlur-JP

 

 

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Redacao RNE

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