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Análise da conjuntura política: Romeu Zema, depois das bananas, o abacaxi

Por José Natal*

 

Comer banana com a casca não chega a ser um ato tão desafiador assim. Muda o sabor, mas a massa é leve e o estômago aceita sem muito reclamar. Os mineiros gostariam de ver o governador Romeu Zuma provocar o Governo devorando um abacaxi com casca, aí sim seria uma prova do líder com responsa, com determinação, subiria a régua de medição para um patamar bem acima. Outras frutas com a casca também poderiam ser devoradas por Zema.

 

A jaca, por exemplo, quem sabe o nosso polêmico pequi, que bem preparado além de saboroso, deixa no ar um cheiro inconfundível.

 

Não é novidade para o fantástico povo mineiro ver e ouvir as bizarras declarações do bravo Governador do Estado, talvez um cidadão com boas intenções, mas como político vai do ridículo ao folclórico em questão de segundos, mesmo sem ser provocado. Como o Brasil inteiro viu e ouviu, Zuma abocanha uma banana com casca diante das câmeras, vendo nesse ato uma zombaria a política de combate à fome do Governo Lula.

 

Para que Zema chegue perto do piso onde está Lula, ele teria que escalar pelo menos três quilômetros de escada e mais uns dez degraus. Esse tipo de provocação, além de ridícula, é grosseira e tosca. Além, é claro, de um gesto rasteiro. O Brasil político às vezes se depara com babaquices como essa.

 

Quem tem mais de trinta talvez se lembre, e sinta saudade, do escritor e poeta Sérgio Porto, que com o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta escreveu de 1976 a 1980 várias edições do seu FEBEAPA (Festival de Besteira que Assola o País), onde com um texto mordaz e inteligente, ironizava atos e personagens como esse que o dirigente mineiro, de 60 anos cometeu, sem dar bola pra torcida.

 

Muito triste essa nova realidade política do País, dando voz e atenção a personagens tão desconjuntados como esse na figura de Zema. E o que é mais caótico, ele não está sozinho, e ainda emite sinais de que pretende um dia se candidatar à presidência da república.

 

Nessa mesma linha, seguindo pregações e atos de Jair Bolsonaro quando ainda era presidente, estão nomes como Pablo Marçal, Gusttavo Lima, Eduardo Pazzuelo, Damares Alves, Ronaldo Caiado e outros do mesmo naipe. Uma pena que seja assim, Minas Gerais tem um legado político e intelectual que merece o maior respeito. Os mineiros Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, Itamar Franco, Gustavo Capanema, Hélio Costa e contemporâneos deixaram com garbo o nome na história do estado.

 

Nas artes gerou Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Adélia Prado, Fernando Brant e uma infinidade de talentos que só um estado tão cheio de caldo de cultura poderia gerar. Ocupando o cargo que ocupa em um estado esse peso cultural e político, o que alguém próximo a Romeu Zema deveria dizer a ele que embora pertença ao partido Novo, de algo que rejuvenesça ele está bem distante. Os ares das cidades de Araxá, Caxambu, Ouro Preto, Tiradentes, São João Del Rei, Diamantina, todos cartões de visita de Minas merecem ter como gerente geral alguém que melhor os represente no âmbito nacional.

 

O debate político é saudável e necessário, e o atual momento do Governo Lula, com queda nas pesquisas, tem mesmo que ser cobrado pela oposição, com ênfase. O que não se deve admitir é essa forma amadora, desacreditada e que resvala na imbecilidade nesta forma de se fazer política. Banana com casca não é do novo, é primata.

 

 

 

*José Natal é Jornalista
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Redacao RNE

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