A água é um recurso essencial no Nordeste, especialmente no semiárido, onde o desperdício representa um desafio ainda maior. A Paraíba alcançou um marco importante ao liderar a redução de perdas de água na região, ocupando a 11ª posição no ranking nacional e o 1º lugar no Nordeste, segundo o Ranking de Competitividade dos Estados, divulgado nesta terça-feira (11) pelo Centro de Liderança Pública (CLP).
O estado se destaca como um dos quatro no país que já atingiram o padrão de excelência em perdas volumétricas, meta estabelecida para 2034 pela Portaria 490/2021 do Ministério do Desenvolvimento Regional.
O que significa redução de perdas?
O indicador de Perda de Água faz parte do pilar de Sustentabilidade Ambiental do ranking do CLP, um dos pontos fortes da Paraíba no levantamento. Esse índice mede as chamadas perdas aparentes e perdas reais.
Perdas aparentes ocorrem quando a água é consumida, mas não registrada corretamente, levando à perda de faturamento. Isso inclui problemas na medição, ligações clandestinas e fraudes.
Já perdas reais referem-se à água que já foi tratada e distribuída, mas não chega ao consumidor final devido a vazamentos na rede.
Gestão eficiente e destaque nacional
O desempenho da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) já vinha sendo reconhecido em edições anteriores do ranking. Além disso, João Pessoa e Campina Grande figuraram entre os cinco municípios com melhor saneamento no Nordeste. Em janeiro deste ano, a capital paraibana foi apontada como a quarta capital com melhor saneamento do Brasil, ficando atrás apenas de Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte.
O presidente da Cagepa, Marcus Vinicius Neves, destaca que a gestão de perdas tem sido uma prioridade da empresa, com avanços significativos a partir do Plano de Ação da Nova Política de Combate às Perdas no Faturamento e na Distribuição, iniciado em 2023.
“Ano após ano, estamos melhorando os processos de redução e controle de perdas nos sistemas de distribuição, justamente porque entendemos que evitar perdas significa economia, sustentabilidade e mais qualidade na oferta de serviços aos nossos clientes”, afirmou.
O levantamento do CLP utilizou dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Governo Federal. O relatório completo pode ser acessado no site rankingdecompetitividade.org.br.
