A rigor, são dois cenários distintos – um do relato cinematográfico fantástico de Walter Sales fazendo o mundo conhecedor da atrocidade humana durante a Ditadura Militar com Fernanda Torres com Selton Melo consolidando estatura de atriz internacional fazendo história e, outro, abordando o aniversário da Mulher viva e símbolo vivo da luta contra desigualdades no Brasil.
Antes de mais nada, vamos reforçar a tese de que Eduardo Coutinho marcou a história do cinema de não ficção com o lançamento de “Cabra marcado para morrer“.
Foi Chico Sá, indispensável e crítico oportuno para os tempos contemporâneos, quem primeiro abordou a semelhança de lutas entre a campanha fantástica do filme que está mexendo com o mundo intelectual e a história solitária de Elizabeth Teixeira, a essência da resistência humana contra todo tipo de perseguição.
Aliás, ela simboliza em vida a capacidade resistente de quem conviveu desde cedo com a arbitrariedade desumana chegando aos 100 anos com o fardo pesado de tantas dores na defesa de sua família e da dignidade humana.
Ainda é tempo e em vida de gerar, como está programado, uma série de atos artísticos e culturais para a data celebrando a história incomum, solitária e destemida desta Mulher símbolo da luta pelos Direitos Humanos.
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