Ministro Alexandre Silveira no Future Minerals Forum em Riade, Arábia Saudita. Foto: MME
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a COP 30, que será realizada no Brasil neste ano, será uma grande oportunidade para criar uma grande governança global para a racionalização dos minerais críticos para a transição energética. Silveira participou, nesta quarta-feira (15/1), em Riade, na Arábia Saudita, do painel “Segurança do Fornecimento de Materiais Críticos” do Future Minerals Forum, que reúne as principais empresas globais de mineração.
“Não vamos resolver problemas comuns sem soluções comuns. A transição energética é um fato, a nova economia é uma realidade, a economia verde. Mas nós temos que fazê-la de forma equilibrada, justa e inclusiva. Aproveitando as oportunidades do ponto de vista da sustentabilidade, mas também do eixo econômico que ela apresenta para o mundo como uma chance de promover a inclusão social. Por isso, é tão importante discutirmos modelos de exploração mineral no mundo, garantindo que sejam realizados de forma adequada, promovendo desenvolvimento econômico com sustentabilidade e resultados sociais. Essa governança global é fundamental para fortalecer os organismos internacionais e alcançarmos nossos objetivos, incluindo os compromissos internacionais assumidos com a descarbonização”, afirmou o ministro.
Silveira ressaltou, ainda, a importância da troca de experiências e cooperação entre os países, destacando que o Brasil tem avançado nesse aspecto com a Arábia Saudita. Segundo o ministro, o Brasil tem realizado a sua parte e já é exemplo para o mundo.
“O Brasil faz a sua parte, seja pela pluralidade energética, pelos seus potenciais naturais, ou pelas suas políticas públicas que temos avançado de forma acelerada, tanto na geração quanto na transmissão de energia. O Brasil tem todas as fontes de energia e minerais críticos, mas tem uma grande preocupação em garantir que essa cadeia de fornecimento seja segura, racionalizada e eficiente. Por isso, é importante que a gente tenha uma discussão sobre a governança global para que possamos fazer a transição de forma equilibrada, respeitando a soberania dos países e as diversas fontes energéticas”, finalizou.
“O Brasil faz a sua parte, seja pela pluralidade energética, pelos seus potenciais naturais ou pelas políticas públicas que temos desenvolvido de forma acelerada, tanto na geração quanto na transmissão de energia. O Brasil dispõe de todas as fontes de energia e minerais críticos, mas tem uma grande preocupação em garantir que essa cadeia de fornecimento seja segura, racionalizada e eficiente. Por isso, é essencial discutir uma governança global que permita uma transição energética equilibrada, respeitando a soberania dos países e as diversas fontes energéticas”, concluiu.
Investimentos
Na abertura do Future Minerals Forum, nesta terça-feira (14/1), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou o investimento de R$ 8 bilhões pela mineradora saudita Ma’aden em mapeamento geológico, pesquisa e aproveitamento mineral no Brasil.
“A Ma’aden vai se instalar em São Paulo com um escritório pela primeira vez. Isso abre uma perspectiva de recursos muito vultuosos; falaram em algo em torno de R$ 8 bilhões para mapeamento geológico no Brasil. Nós sabemos que carecemos muito de conhecer melhor o nosso subsolo para pesquisa e para parcerias com o setor mineral brasileiro, a fim de que possamos fazer o aproveitamento sustentável e adequado do subsolo brasileiro, porque não há transição (energética) sem mineração”, afirmou o ministro em coletiva de imprensa após a abertura do Fórum.
Alexandre Silveira destacou o trabalho para a consolidação de parcerias estratégicas com países do Oriente Médio para o desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias brasileiras voltadas ao processamento de minerais estratégicos, essenciais para a transição energética global. O mesmo trabalho, segundo ele, tem sido feito com os setores de petróleo e gás.
Recursos minerais brasileiros para transição energética: