Já chega a 16 o número de pessoas desaparecidas após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, sobre o Rio Tocantins, na tarde deste domingo (22). A informação foi atualizada no final da manhã de hoje (23) pela Defesa Civil de Estreito, no Maranhão. Uma pessoa morreu e uma está hospitalizada.
Localizada na BR-226, a ponte liga os municípios de Estreito (MA) e de Aguiarnópolis (TO). Na tarde de domingo, o vão central da ponte, com 533 metros de extensão, cedeu, derrubando pelo menos 10 veículos, entre os quais quatro caminhões, três veículos de passeio e três motocicletas.
Contaminação da água
As autoridades realizaram um sobrevoo no local para averiguar a extensão do acidente. As buscas na região foram suspensas devido à possibilidade de contaminação da água do rio devido às substâncias químicas transportadas nos caminhões que caíram da ponte. No total, 14 mergulhadores estão envolvidos com as buscas.
Os trabalhos incluem a avaliação da qualidade da água e possíveis impactos ambientais, planejamento e execução de ações para conter a contaminação do rio e operações para a remoção dos veículos submersos”, informou o governo do Tocantins.
Reconstrução
Pela manhã, o ministro dos Transportes, Renan Filho, e os governadores do Maranhão, Carlos Brandão, e do Tocantins, Wanderlei Barbosa, estiveram no local para tomar ciência e primeiras definições foram tomadas.
Após sobrevoar a região do acidente, o Ministro dos Transportes, Renan Filho, disse que foi decretada situação de emergência na região e que o governo federal destinará mais de R$ 100 milhões para as obras de recuperação da ponte e retirada dos escombros.
“Temos todas as condições técnicas para a reconstrução e os recursos técnicos necessários para a reconstrução para que se consiga ter esta obra no que concerne não apenas à reconstrução, mas também à retirada dos escombros, avaliação dos danos causados, acompanhamento da obra e a execução das futuras obras. Iremos reconstruir uma ponte com todos os itens de garantia de segurança”, afirmou.
No desabamento dessa ponte no rio Tocantins fica evidenciada a total incompetência do DNIT.
Existe um Relatório de 2018 dando conta do estado de deterioração dessa ponte, inclusive com várias rachaduras e ferragem exposta.
Todo engenheiro deve saber que se a ferragem está bem protegida dentro da massa de concreto não sofre oxidação, não enferruja, porém se sofre penetração de umidade é fatal comprometendo toda a estrutura que vem a ruir como de fato desabou.
O DNIT deve ser chamado à responsabilidade para dar as devidas explicações sobre essa tragédia que ceifou tantas vidas humanas somado aos danos econômicos.