Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol anunciou a lei marcial, alegando que a oposição estava simpatizando com a Coreia do Norte
O presidente sul-coreano anunciou a lei marcial mais cedo nesta terça-feira, alegando que a oposição estava simpatizando com a Coreia do Norte e planejando uma “rebelião”. O parlamento desafiou a declaração presidencial e votou pela suspensão da lei marcial. O gabinete do presidente do parlamento, Woo Won-shik, declarou que a imposição da lei marcial pelo presidente era inválida após a votação dos parlamentares.
Segundo a BBC, ocorreram confrontos entre manifestantes e as forças de segurança que tentaram proteger a Assembleia Nacional.
Lideranças partidárias disseram que um golpe de Estado está em curso. Um líder da oposição, Cho Guk, afirmou que “o não cumprimento do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol da decisão do parlamento de suspender a lei marcial será considerado um crime”. Até mesmo Han Dong-hoon, líder do partido pró-presidencial People Power Party, afirmou que o uso de policiais e forças armadas em Seul foi ilegal.
“Declaração é ilegal”
“A declaração é ilegal e constitui um ato criminoso, violando diretamente a Constituição e outras leis”, disse em nota o Partido Democrata, da oposição. “É essencialmente um golpe de Estado”, afirmou.
Ele argumentou que a votação do parlamento anulou a declaração, que proibia o funcionamento do parlamento e dos partidos políticos. Ele criticou o governo por convocar policiais e soldados ao prédio da Assembleia Nacional em Seul. (Com agências).
*Soldados avançam para edifício principal da AssembleiaNacional depois que presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial em Seul, 03/12/2024 (Foto: Yonhap via REUTERS)