Brasil e China assinam 37 acordos em diversas áreas como agro e tecnologia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram nesta quarta-feira (20) 37 acordos de cooperação em mais de 15 temas, como agronegócio, intercâmbio educacional, cooperação tecnológica e investimentos em diversas áreas.Segundo a Presidência da República,  as parcerias envolvem áreas de infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde e cultura.

 

Com forte esquema de segurança, a visita oficial de Xi Jinping é realizada após a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, onde o líder chinês também compareceu.

 

Parceria comercial

 

A China é o principal parceiro comercial do Brasil há 15 anos. No ano passado, o comércio bilateral entre as duas nações atingiu recorde de US$ 157,5 bilhões, segundo o Ministério das Relações Exteriores. De janeiro a outubro de 2024, o intercâmbio entre os países foi de US$ 136,3 bilhões. As exportações brasileiras alcançaram US$ 83,4 bilhões e as importações, US$ 52,9 bilhões, um superávit de US$ 30,4 bilhões.

 

“Apesar de distantes na geografia, há meio século China e Brasil cultivam uma amizade estratégica, baseada em interesses compartilhados e visões de mundo próximas. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2023, o comércio bilateral atingiu recorde histórico de US$ 157 bilhões. O superávit com a China é responsável por mais da metade do saldo comercial global brasileiro”, destacou Lula em seu discurso na cerimônia de assinatura de acordos.

 

Segundo o presidente, em seu discurso, a China também figura como uma das principais origens de investimentos no Brasil. Empresas chinesas vêm participando de licitações de projetos de infraestrutura e têm sido parceiras em empreendimentos como a construção de usinas hidrelétricas e ferrovias. “Isso representa emprego, renda e sustentabilidade para o Brasil. Indústrias brasileiras também estão ampliando sua presença na China, como a WEG, a Suzano e a Randon. Ao mesmo tempo, o agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos para a China”, acrescentou o presidente.

 

“Vamos aprofundar a cooperação em áreas prioritárias como economia, comércio, finanças, ciência e tecnologia, infraestrutura e proteção ambiental. E reforçar a cooperação em áreas emergentes como transição energética, economia digital, inteligência artificial e mineração verde”, afirmou o presidente chinês, também em declaração à imprensa.

 

O presidente da China foi oficialmente recepcionado por Lula às 10h no Palácio da Alvorada, onde participaram de reuniões e assinaram acordos. No fim da tarde, um jantar será servido ao chinês no Palácio Itamaraty, sede da diplomacia brasileira. Xi Jinping deve deixar o Brasil na manhã desta quinta-feira (21). A visita, segundo o governo brasileiro, é uma sequência da visita que Lula fez à China em abril de 2023 e também ocorre em celebração aos 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países.

 

 

Foto: Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, no Palácio da Alvorada. Brasília / Ricardo Stuckert/PR

 

*Com informações da Agência Brasil

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Luciana Leão

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One thought on “Brasil e China assinam 37 acordos em diversas áreas como agro e tecnologia

  1. LOURINALDO NOBREGA 21 de novembro, 2024 at 8:20

    Lula Finalmente, resolveu deixar de lado o improviso e ao ser indagado como conduziria as relações com o novo Governo Trump, falou o que deve ser falado declarando simplesmente que aconteceriam da forma mais natural e institucional possível.
    Trump, por sua vez, que avalie bem a forma como se relacionará com o Brasil. Além das fortes transações comerciais bilaterais mantidas entre seu país e o Brasil que interessa a ambos, estamos diante de um novo contexto político internacional.
    As interações bipolares da velha Guerra Fria envolvendo Estados Unidos e Rússia foram modificadas com a entrada de um novo “player”, a China formando um terceiro polo de influência favorecendo o Brasil, tanto é verdade que Biden mesmo na fase do “Lame Duck” veio até aqui farejando os movimentos de Xi Jim Pin. E não seria por menos, haja vista o numero de acordos sino-brasileiros assinados recentemente com a vinda do mandatário chinês.
    Aconselho, portanto ao senho Trump a pisar devagarinho!
    Eng. Lourinaldo Nóbrega

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