Por Luciana Leão
Ao que parece, não está sendo nada fácil para a equipe do Governo Federal e, em especial, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, finalizar o quanto será necessário e, em quais setores, será feito o corte dos gastos públicos, para cumprir as metas do novo arcabouço fiscal.
Previamente, durante toda a semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciava que “alguns detalhes delicados deveriam partir de uma definição do presidente Lula”.
Nesta sexta-feira (8), a equipe ministerial se reuniu novamente, à tarde, com o presidente Lula, mas nada foi defindo. Foram três horas de reunião, e toda equipe saiu da reunião sem falar com a imprensa, ou seja, não deve está sendo fácil definir onde tirar recursos e em quais ministérios e programas.
Em entrevista na semana passada, Haddad apenas sinalizou que programas sociais não seriam prejudicados. Sem adiantar medidas, Haddad afirmou, na quarta-feira (6), que o pacote será composto por uma proposta de emenda à Constituição e um projeto de lei complementar. Segundo ele, as medidas dependiam de dois detalhes jurídicos a serem decididos pelo presidente Lula.
Além disso, reunião com os presidentes da Câmara, Arthur Lira e do Senado, Rodrigo Pacheco, seriam “necessárias” para fechar o anúncio.
Enquanto isso, o dilema entre a carência de investimento público em áreas prioritárias como saúde, educação e o cumprimento da meta fiscal encontra um paradoxo para o próprio governo federal, já que tais recursos já são assegurados pela Constituição Federal.
Nos bastidores, comenta-se que há também um forte “lobby” do mercado financeiro de mudar essa regras, o que seria injustificável frente aos compromissos firmados pelo 3º governo Lula com a população mais vulnerável, que necessita de mais educação, mais saúde e mais oportunidades para uma mehor qualidade de vida.