Com um investimento de até R$ 200 milhões para apoio a projetos em comunidades periféricas, o programa BNDES Periferias deu início à primeira escuta ativa, realizada nesta quarta-feira, 30, no Compaz Escritor Ariano Suassuna, no bairro do Cordeiro, Recife. A ação marca o começo da caravana promovida pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), voltada a organizações sociais do Recife e região metropolitana, para identificar as demandas locais e, assim, construir um panorama detalhado das necessidades das comunidades periféricas urbanas. Ao todo, 30 organizações da sociedade civil participaram do evento.
Lançado em março de 2024, o primeiro ciclo de apoio do BNDES Periferias destinou até R$ 100 milhões a iniciativas de empreendedorismo e desenvolvimento social em territórios periféricos. Desse montante, metade foi alocada a partir do Fundo Socioambiental do BNDES, complementada por parcerias da iniciativa privada. Em outubro, um segundo ciclo com outros R$ 100 milhões em recursos foi lançado, com inscrições abertas para projetos até 31 de janeiro de 2025. Essas chamadas públicas contemplam especialmente propostas em favelas e comunidades periféricas do programa Periferia Viva do Ministério das Cidades, e estão disponíveis para entidades privadas sem fins lucrativos, com experiência no desenvolvimento de iniciativas de impacto social.
Durante o evento, a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou o compromisso do Banco em adaptar suas ações à realidade de cada território. “O BNDES Periferias nasceu do diálogo com as comunidades e visa respeitar a cultura e as experiências locais. Com essa escuta, fortalecemos nossa capacidade de realizar ações que de fato impactem positivamente esses territórios”, afirmou.
Celina Tura, chefe do Departamento de Inclusão Produtiva e de Educação do BNDES, destacou que o BNDES Periferias atua como um “guarda-chuva” de iniciativas voltadas aos territórios periféricos, com foco em geração de renda e inclusão produtiva. Ela enfatizou a importância de ouvir diretamente as organizações locais para aprimorar o direcionamento dos recursos e tornar as ações mais eficazes.
A caravana continuará percorrendo outras cidades, com paradas já agendadas para Salvador (BA), em 6 de novembro, e Belém (PA), em dezembro. Segundo a gerente Juliana Jonas, essas visitas são fundamentais para que o BNDES obtenha elementos concretos que embasem novas chamadas públicas, planejadas para o próximo ano. “Queremos fortalecer o olhar para a inclusão produtiva e traduzir as demandas em editais que atendam às reais necessidades das periferias”, completou.