Por Paloma Custódio-
Com programa de capacitação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), cooperativa de agricultores familiares do Baixo Sul da Bahia tem êxito na exportação de cacau e derivados para Portugal.
A Coopgeaf surgiu em 2007. Na época, os agricultores da região, insatisfeitos com os preços do guaraná, decidiram organizar a produção e vender diretamente para a indústria, o que agregou valor e preço justo. Mas, ao longo dos anos, a cooperativa diversificou a linha de produtos e, em 2021, mudou o nome para Coopermata, Cooperativa Cacau Mata Atlântica da Bahia.
O diretor executivo da Coopermata Josué Castro destaca o papel da cooperativa no sustento dos 267 produtores cooperados.
“Além de comercializar a amêndoa de cacau por um preço melhor, fazendo essa comercialização direta com a indústria, temos um serviço de elaboração de projetos para que os produtores consigam acessar crédito das linhas da política pública. Dentro do escritório da cooperativa, temos técnicos para organizar a documentação dos produtores para regularizar tanto a documentação da estrutura fundiária como também a regularização ambiental.”
Segundo Josué Castro, outro benefício para os cooperados é a parceria com a ApexBrasil, que lhes permitiu participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex). Ele conta que, ao longo de seis meses, a diretoria da cooperativa e os produtores puderam aprender sobre todas as etapas do processo de exportação.
“Entendemos como funciona esse mercado, a logística, a questão dos documentos hábeis para esse processo. Isso foi uma experiência muito interessante que nos ajudou quando encontramos essa oportunidade de fazer exportação para Portugal. Essas informações nos ajudaram bastante na confecção das notas fiscais, dos códigos utilizados, das unidades utilizadas para exportação.”
Exportações
A primeira oportunidade da Coopermata exportar aconteceu em 2024, quando outras cooperativas da Bahia se uniram para vender 12 toneladas de produtos da agricultura familiar para Lisboa, em Portugal.
Josué Castro revela que a cooperativa estuda expandir a exportação para outros países.
“Dentro do Peiex, um estudo apontou um país interessante para a gente trabalhar, o Chile, que é um mercado que pretendemos trabalhar. Como encontramos essa outra oportunidade de exportação em conjunto com outras cooperativas, aproveitamos para vender para Portugal. Mas esperamos prosseguir com esse processo [de exportação para o Chile].”
Peiex
Pelo Peiex, empreendedores brasileiros de todos os portes podem se capacitar para entender o funcionamento do mercado internacional e adequar seus negócios para a exportação.
Ao participar do programa, os empresários recebem um diagnóstico completo sobre o negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem implementadas para que a empresa esteja apta às vendas externas.
De 2021 a 2023, o programa treinou mais de cinco mil empresas, das quais 827 exportaram, faturando US$ 3,16 bilhões.
Para outras informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.
Fonte: Brasil 61
[…] Fonte: Revista NE […]