URUMQI – CHINA – Para início de conversa, vamos combinar: somente estamos por aqui por convite expresso da XINHUA – Agência de Notícias da China – para participar em Urumqi – da 6ª Cúpula Global de Mídia discutindo os efeitos da IA em busca de pacto global contra desinformação/fake news reunindo representantes de 105 países. A Revista NORDESTE e a Folha de São Paulo foram os únicos veículos convidados do Brasil.
Feita a necessária introdução, lembremos o fato de que a civilização chinesa com mais de 4 mil anos diante do Brasil com 202 anos desde sua independência, é na prática o saldo de quem soube com maturidade, planejamento, sabedoria e longevidade alinhar tradição e pós modernidade projetando-se no futuro próximo do planeta como a maior economia do mundo.
São muitos fatores a contribuir com essa conjuntura e perspectiva, a partir do modelo de governo bancado pela doutrina comunista que soube construir o comunismo de estado financeiro para equacionar, com planejamento bem executado, políticas de desenvolvimento econômico de vanguarda alinhado com a redução das desigualdades regionais num nível fantástico, se comparado aos anos anteriores a 1970.
Detalhe na mídia
Basta ver, por exemplo, a CCTV, estatal televisiva, que traz na cena global as características de um conteúdo esteticamente bem planejado, diversificado, amplo, inclusivo e fomentador de conteúdos que simbolizam a capacidade super moderna da China ao tratar todos os cenários e problemas.
Em termos estéticos, não deve nada à Rede Globo, pois soube produzir algo semelhante variando na essência de seu conteúdo, por exemplo, mas tem foco em outros aspectos ao valorizar o humanismo e natureza dentro de uma concepção diferente da mídia apenas comercial. Em tempo: seu jornalismo nos telejornais diários cobre todo o mundo, em especial aos fatos da própria China a merecer destaque.
A Xinhua no processo
Durante a 6ª Cúpula, a Agência de Notícias da China trouxe minucioso estudo produzido ao longo dos últimos tempos mostrando mais do que a importância da Inteligência Artificial como seus danos ao haver mau uso dela.
A realidade do ecossistema digital levando em conta até a área de mídia afetada por fake News e deepfake é fato, segundo a XINHUA, a exigir pacto global a partir da própria mídia e organizações, visando enfrentamento seguro e consistente para impedir que o uso continuado da estratégia de mentiras se amplie causando graves estragos. Esse foi o compromisso posto e aceito na 6ª Cúpula.
O próprio presidente da XINHUA, Fu Hua, foi enfático em considerar fundamental a existência desse Pacto para melhor uso da IA, mas a exigir compromisso de combate à desinformação.
A Paraíba no circuito
Estamos formalizando como referência a iniciativa de lançamento de Laboratório ALUMIA envolvendo a partir da UFPB projeto exemplar de checagem da informação e/ou combate à desinformação.
Trata-se de ação construída em articulação com a SECITEC da UFPB, responsável pelo convênio com a Universidade, por meio do Departamento de Jornalismo, de Mídia Digital e Centro de Informática em cujo processo e projeto consta a participação da API e AMIDI na elaboração das articulações e implantação.
É isso.
Ainda voltaremos a outras abordagens sobre a realidade da China.
ÚLTIMA
“ O olho que existe/ é o que vê”