Por José Natal*
Vem da pequena Xanxerê, interior de Santa Catarina, que segundo pesquisa do IBGE de 2022 tem apenas 51.607 habitantes, o exemplo vivo de que a boa administração, o convívio saudável com a população e o zelo pelas instalações de uso comum a toda comunidade, resultam na aprovação quase que absoluta e integral de quem a administra.
A cidade, uma das mais tradicionais e bem avaliada por todos que a visitam, elegeu pela segunda vez Oscar Martarello, de 57 anos, do PL, com a fantástica aprovação 94,41% dos votos depositados nas urnas da cidade, segundo o TSE. O Tribunal também confirma que essa votação está entre as maiores registradas em todo o país, creditando ao vencedor 24.119 votos, contra apenas 1.427 do candidato adversário, Ademir Gasparini, do PP. Ou seja, 5,59% dos votos.
Quem acompanha, e participa das campanhas municipais em todo País, sabe avaliar quando e porque um candidato consegue acumular um número expressivo de votos, independentemente do número de eleitores da cidade. Não por acaso, marqueteiros, profissionais da mídia especializada e até adversários políticos admitem e reconhecem méritos a quem alcança um percentual de aprovação em um pleito eleitoral. Seja ele em disputa de qualquer cargo.
O mundo político sabe, e reconhece com dados estatísticos, que vem dos resultados das campanhas municipais os primeiros e mais significativos sinais e projeções do que poderá acontecer nas eleições majoritárias que elegem governadores e o Presidente da República.
A exemplo de Martarello, vitorioso em Xanxerê, candidatos de outras cidades, inclusive capitais, conseguiram se eleger alcançando recordes em número de votos, num atestado consistente de que o brasileiro aprimora sua escolha de candidatos, se preocupa com a importância e o significado do voto.
Vale ressaltar que o número de votos recebidos por prefeitos nas cidades com mais de 200 mil habitantes também foi expressivo nestas eleições, o que reforça a tese de que o povo brasileiro quer, e insiste em praticar a democracia com vontade declarada. O prefeito eleito de Itaquaquecetuba, Eduardo Boigues, em São Paulo, e que tem mais de 200 mil eleitores, segundo o TSE, foi o mais votado do Brasil, com o índice fantástico de 91,70% dos votos, ou seja o número fantástico de 165.975 votos. Boigues superou Eduardo Paes, eleito no Rio de Janeiro, com a expressiva votação de 60,47% dos eleitores a seu favor.
Registre-se também o desempenho nas urnas do prefeito de Recife, reeleito com 76,11% da preferência dos eleitores. Segundo o TSE, as eleições aconteceram em paz e com tranquilidade em todo o País.
Analistas, e pesquisadores que acompanham as eleições municipais em todos os anos revelam que, com prazer, os resultados alcançados neste ano de 2024 foram altamente positivos, de amadurecimento político. Uma fonte do TSE, revela, por exemplo que comunidades de cidades pequenas como Xanxerê, em Santa Catarina escolhe votar no seu candidato avaliando o seu comportamento durante toda a sua gestão à frente da Prefeitura, seja como gestor, seja como cidadão solidário, e amigo das pessoas com que convive.
A mesma fonte, que afirma conhecer bem a rotina de trabalho do prefeito Martarello, credita a ele essa versatilidade no convívio com a comunidade. Convívio que, em termos práticos, se transforma em votos. Votos que elegem, o que pode ser bom para a cidade. Exemplo a seguir.
*José Natal é jornalista e articulista do site da Revista NORDESTE