Países de língua portuguesa elogiam resultados da 6ª Cúpula Mundial de Mídia

Urumqi, 14 out (Xinhua) — “Eu sou um leitor permanente da China. Eu acompanho os passos e as decisões da China”, disse Walter Cândido dos Santos, fundador da Revista NORDESTE, do Brasil. Na sua visita à China, ele está participando da 6ª Cúpula Mundial de Mídia em Urumqi, capital da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China.

 

Com o tema “Inteligência Artificial e Transformação da Mídia”, a cúpula reuniu mais de 500 participantes de 106 países e regiões, incluindo representantes de 208 importantes veículos de mídia, agências governamentais e organizações internacionais.

 

Este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil. “Estamos buscando aprofundar e expandir nosso acompanhamento das relações entre o Brasil e a China, especialmente em áreas de inteligência artificial”, enfatizou ele.

 

No entender do Walter, a disseminação de notícias falsas é um problema estratégico que cria uma espécie de manipulação. “A China está buscando contribuições para enfrentar esse problema, e é importante discutir como lidar com essa realidade”, avaliou ele, salientando que esse problema não se limita ao Brasil, mas é algo que está acontecendo em todo o mundo.

 

Marcelo Benez, diretor-executivo comercial da Folha de S. Paulo, acha que a cúpula é uma oportunidade para compartilhar as opiniões das diferentes mídias do mundo.

 

“A inteligência artificial é uma realidade e é uma tendência crescente, mas para as mídias existe uma oportunidade muito grande de utilizar o que há de bom na inteligência artificial em termos de maximização de processos e agilidade. É importante que o jornalismo profissional continue sendo o antídoto das fake news”, disse ele. “Essa cúpula é muito importante porque é uma forma de você conectar o planeta, conectar o mundo. Grandes marcas de notícias compartilhando suas principais e melhores práticas, as tendências do mundo da mídia e da comunicação.”

 

Mama Saliu Sané, diretor-general da Radiodifusão Nacional, da Guiné-Bissau, elogia os resultados da cúpula. “Nós, os países africanos, especialmente a Guiné-Bissau, temos uma parceria inegável com a China. Devemos trabalhar para fortalecer ainda mais essa parceria. Por essa conferência, precisamos ter acesso direto às cooperações das mídias da China e explicar uma verdadeira China sem depender de outras agências”, disse ele.

 

“Aproveitar a inteligência artificial para suporte, no bom sentido, é bom. Se for no mal sentido, é mal. Porque não se pode ofuscar a realidade em detrimento dos nossos próprios objetivos”, apontou Mateus Neto César Ferreira, diretor-geral da Agência STP-PRESS, de São Tomé e Príncipe.

 

A Agência de Notícias Xinhua divulgou um relatório de think tank, intitulado “Responsabilidade e Missão das Mídias de Notícias na Era da IA”. O documento destaca os desafios e riscos para a indústria da mídia causados pelo uso indevido da tecnologia de inteligência artificial (IA), afirmando que o uso indevido e o abuso da IA contribuíram para a ampla produção e disseminação de desinformação, minando a confiança social que é essencial para as organizações de notícias e desencadeando uma crise global na credibilidade do cenário da informação.

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Redacao RNE

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