Prefeitura de João Pessoa e UFPB lançam laboratório para combater a desinformação

Adriana Crisanto Monteiro

 

A Prefeitura de João Pessoa e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) lançaram, nesta sexta-feira (11), o Alumia – Laboratório de Combate à Desinformação. O projeto é financiado pela Agência de Inovação Tecnológica de João Pessoa (Inovatec-JP) e a iniciativa é das Secretarias de Ciência e Tecnologia (Secitec) e de Comunicação Social (Secom). O laboratório está instalado na sala 254, bloco B, do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA).

O secretário de Ciência e Tecnologia da Capital, Guido Lemos, explicou que a iniciativa é uma forma de proporcionar ao município de João Pessoa uma experiência educativa e inovadora, que conecta a população com as plataformas de identificação e checagem de conteúdos falsos e desinformativos. “Dentre os objetivos do Alumia está o de desenvolver e validar ferramentas tecnológicas para o monitoramento e detecção de alto engajamento de informações e materiais midiáticos em portais e redes sociais”, explicou.

O Alumia surgiu a partir da inquietação provocada pelo volume de informações falsas e desinformativas surgidas nos últimos anos nas áreas de saúde, política, comunicação e artes. O grupo é composto por professores, jornalistas, pesquisadores e estudantes que combatem diariamente por redes sociais a fake news e deepfakes.

 

Monitoramento, checagem e capacitação

Além da realização de monitoramento e checagem de informações falsas, o Alumia vai realizar programas de capacitação para jornalistas, pesquisadores, estudantes de Comunicação e Tecnologia, educadores e multiplicadores, além de alunos do Ensino Médio para o enfrentamento das fake news e deepfakes.

O procurador do Ministério Público Federal (MPF), José Godoy, comentou que atualmente é preciso compreender que a comunicação é regida pela Constituição e no artigo 220 determina que ela seja construída com responsabilidade. “O laboratório será um grande parceiro para nós identificarmos o uso correto também das concessões públicas, sobretudo, de rádio e tv, para que elas não trabalhem de forma irresponsável, de forma a prejudicar a sociedade, trazendo mentiras, incitando condutas absurdas, violando direitos humanos”, destacou.
O Alumia vai realizar ações para envolver a comunidade local, como eventos, palestras e campanhas de conscientização no combate à desinformação. O laboratório vai atuar em quatro frentes: checagem de informações falsas, educação midiática, inovação tecnológica e pesquisa na área da desinformação.
O diretor presidente da Alumia, professor Dinarte Varela, acrescentou que o projeto terá uma coordenação de desenvolvimento tecnológico responsável por desenvolvimento de robôs, em que irá monitorar todas as informações com potencial de serem falsas. “São várias coordenações e todas trabalharão em conjunto para o maior número de informações sejam checadas”, frisou.
O Alumia trabalhará em parceira com a AletheiaFact, uma plataforma tecnológica desenvolvida para o combate à desinformação e movimento para democratização da checagem de fatos no Brasil.
 

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Redacao RNE

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