G20: água mineral será servida em latas de alumínio até a Cúpula final, em novembro

O Brasil se destaca mundialmente quando o assunto é reciclagem da lata de alumínio, alcançando ano a ano índices muito expressivos e mantendo média acima de 97% nos últimos 10 anos, evitando a emissão de 16 milhões de toneladas de gases de efeito estufa. Para efeito de comparação, os países europeus reciclam em média 76% e os Estados Unidos 60% das latas. Além disso, a reciclagem da lata de alumínio economiza energia anual de 5.000 Ghz ou o equivalente a 1% do total consumido no Brasil.

 

 

Com base nesses índices, latas de alumínio substituíram garrafas plásticas no fornecimento de água aos participantes das discussões de grupos de trabalho e forças-tarefa do G20 Brasil. A iniciativa é fruto de parceria firmada entre o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) e a Associação Brasileira de Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), oferecendo uma solução sustentável para o consumo de água nas reuniões do G20 no país.

 

 

A embalagem de alumínio pode ser 100% reciclada, além de ter a menor pegada média de carbono e hídrica dentre todas as embalagens para bebidas. No total, serão 100 mil unidades de água mineral proveniente de Águas de Lindóia, cidade no estado brasileiro de São Paulo.

 

 

Parceria sustentável

 

 

Segundo Carlos Villanova, coordenador Nacional de Logística do G20, “é mais uma parceria com foco na sustentabilidade, totalmente em linha com as prioridades da presidência brasileira do G20. A embalagem em lata de alumínio é um símbolo universal de economia circular. Sua reciclagem contribui para a geração de trabalho e renda e, consequentemente, para a diminuição da desigualdade social, uma das questões prioritárias nas discussões dos Grupos de Trabalho do G20″.

Para o presidente da Abralatas, Cátilo Cândido, a iniciativa abre um precedente positivo para que a água em lata passe a se tornar uma realidade mais presente em eventos mundo afora.

 

 

“A água em lata apresentou crescimento impressionante no Brasil, tendo alcançado um resultado de vendas 303% maior entre janeiro e junho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado”, explicou o executivo. “Ver a água em lata ganhando espaço em um evento da magnitude do G20 mostra que estamos no caminho certo, apresentando para o mundo a lata de alumínio como uma verdadeira opção consciente que preserva o meio ambiente”, disse Cátilo.

 

 

O problema do plástico

 

 

Uma das prioridades brasileiras do G20 este ano é o combate às mudanças climáticas, tema que tem sido debatido em Grupos de Trabalho e na Força-Tarefa Mobilização Global contra a Mudança do Clima, além de grupos de engajamento como o Oceans 20, que coloca uma lupa na grave questão da poluição plástica nos oceanos.

 

 

Um estudo inédito, coordenado pelo Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP) e pela Sea Shepherd Brasil revelou que, no país, 91% do lixo encontrado na costa é composto por plástico. Sendo mais de 70% da superfície da Terra coberta por água, não há como debater um mundo mais justo e de um planeta mais sustentável sem um olhar atento aos oceanos.

 

 

Na reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática, realizada no início do mês de outubro, líderes dos países-membros do G20 reafirmaram o compromisso de reduzir significativamente a geração de resíduos por meio de iniciativas de economia circular, incluindo a utilização de materiais de alta reciclabilidade, como o alumínio. O grupo reconheceu a necessidade de mobilizar recursos e parcerias para apoiar as nações do Sul Global na gestão adequada de resíduos, promovendo o uso eficiente de recursos.

 

 

O documento destaca também a urgência de uma transição ecológica inclusiva e justa, por meio da criação de empregos de qualidade e a inclusão de trabalhadores informais, mulheres, comunidades locais e povos indígenas nas cadeias de valor da economia circular.

 

 

 

 

*Com informações do G20

 

 

 

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Luciana Leão

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