Por José Natal*
Gilberto Kassab, que fez 64 anos em 12 de agosto último, economista, engenheiro civil, empresário, ex-corretor de imóveis, e atualmente, político, preside o Partido Social Democrático (PSD) com invejável competência, dedicação e apurada ética.
A mídia, analistas políticos, eleitores de todas as idades e até adversários de partidos, creditam a ele a meteórica e surpreendente evolução do partido, que a cada eleição municipal desponta com um elevado número de prefeitos eleitos.
Agora, em 2024, Kassab, pela primeira vez desbanca a liderança histórica do PMD (antigo PMDB), que sempre ocupou o maior número de prefeitos em todo o País.
Para os mais antigos nessa praia, o velho PMDB de Quércia, Ulysses Guimarães, Michel Temer, Moreira Franco e Franco Montouro, finalmente se curva a quem parece entender bem que o eleitor do município elege quem o trata bem, e dá adeus a chamada coalizão.
Até para os que não se ligam muito nessa, digamos, estatística eleitoral, onde a corrida e disputa por um cargo exige traquejo político e muita malícia, o fato do PSD eleger 888 prefeitos nas capitais e no interior do País chama a atenção.
No Brasil, sabidamente, a eleição municipal é o primeiro e mais importante passo para a largada que dá os primeiros sinais e perspectivas para as eleições para Governador e Presidente da República. Quem se elege no município se credencia como cabo eleitoral de peso, e cacifado financeiramente durante as campanhas.
Há que se registrar aqui que o PSD foi fundado em 2011, e nesses 13 anos de vida, sem muito alarde e pouco badalado, alcançou feitos que partidos veteranos patinaram estagnados. Já em 2012 elegeu 494 prefeitos. Em 2016, com um salto de 8% nos votos obtidos, venceu em 536 cidades.
Na eleição de 2020 ratificou o crescimento, elegendo 632 prefeituras, cravando no cenário político marca registrada e despertando curiosidades em alguns, e inveja a quase todos. Agora, no pleito de
2024 consolida uma evolução simbólica, elegendo e reelegendo 888 dirigentes Brasil afora.
E é bom que se registre, entre essas conquistas estão Eduardo Braite em São Luis, Topázio Neto em Floripa e Eduardo Paes no Rio de Janeiro, cidades historicamente de berço político respeitável. O partido também marca presença no segundo turno nas cidades de Curitiba, com Eduardo Pimentel, e Belo Horizonte com Fuad Norman.
O balanço final do primeiro turno, entre outras particularidades que chamam a atenção, aponta que o PMB, outrora sempre vencedor, desta vez amarga um segundo lugar inesperado, com 847 prefeitos eleitos em todo o País. O PT, partido de Lula, talvez tenha sido a maior surpresa do pleito, elegendo 248 prefeitos, para muitos um resultado inesperado,e decepcionante.
Brasília, Capital da República, sede do Governo Federal e ambiente de trabalho do mundo político nacional, não realiza eleição municipal. Fato esse que, para muitos, é motivo de críticas e frustração.
Presidente do PSD da capital, o empresário Paulo Octávio, ex-senador e ex-Governador da cidade, acompanha com atenção a votação em todo País, e acredita no sucesso do partido também no segundo turno da eleição.
Cita que Gilberto Kassab a cada ano aprimora sua gestão no partido, e os resultados positivos aparecem naturalmente. O partido tem hoje 401.955 filiados, atuantes.
Ainda avaliando se volta a concorrer a algum cargo político nos próximos pleitos, Paulo Octávio prefere esperar o novo desenho da política local, lembrando que seu partido está consolidado e, mais do que nunca, bem avaliado pela população, conforme pesquisas.
*José Natal é Jornalista