Em Sergipe, indústria de fertilizantes impulsiona desenvolvimento regional

O Grupo José Augusto Vieira, responsável pela marca Maratá, vem transformando o Núcleo Industrial de Maruim, pequena cidade a 30 km de Aracaju, com a ampliação de sua indústria de fertilizantes, a Adumar. O impacto positivo se destaca no desenvolvimento local e regional para os 15 mil habitantes que lá residem.

 

 

Com capacidade de armazenamento de 30 mil toneladas de matérias-primas, a planta industrial da Adumar Fertilizantes investe  na modernização com um sistema de automação que garante precisão e qualidade na mistura dos macronutrientes (matéria-primas),  os micronutrientes e aditivos, seguindo necessidades específicas dos tipos de solos.

 

 

Gerente industrial da Adumar, Fabiano Morais / Foto: Erick O’Hara

 

 

“Misturamos os macronutrientes (matérias-primas), os micronutrientes e aditivos, nas concentrações exatas que os clientes precisam de acordo com a necessidade do solo, e o produto final já sai pronto”, explica o gerente industrial, Fabiano Morais Santana.

 

 

A partir de incentivos fiscais do Governo de Sergipe por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial (PSDI), sob gestão da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), a fábrica da Adumar Fertilizantes gera 51 empregos diretos e indiretos, e tem produção mensal entre 5 mil e 10 mil toneladas de fertilizantes.

 

Diversidade e logística

 

 

Cana de açúcar, citricultura e milho estão entre os que mais recebem fertilizantes da fábrica em Sergipe / Foto: Erick O’Hara

 

A fábrica atende a diversas culturas agrícolas. Em Sergipe, entre os cultivos que mais recebem fertilizantes da fábrica estão cana-de-açúcar, citricultura e milho. “Temos fertilizantes para qualquer tipo de solo e cultivo. Além do mercado de Sergipe, alcançamos também outros estados como Bahia, Alagoas, Maranhão e até Goiás”, comentou Fabiano.

 

Dentre os principais produtos da fábrica, destaca-se a linha especial Unitro+, que oferece proteção adicional aos fertilizantes, como a ureia protegida. Com um ano de operação e uma capacidade produtiva que pode chegar a 20 mil toneladas de fertilizantes por mês, ela segue em processo de expansão, com projetos futuros como a criação de um laboratório próprio para análises dos fertilizantes, garantindo ainda mais qualidade aos produtos.

 

Impactos socioeconômicos e ambientais

 

A atuação da empresa tem beneficiado tanto a economia quanto a qualidade de vida dos trabalhadores e da comunidade ao seu redor, a exemplo do operador de painel Renesson dos Santos. Residente de Rosário do Catete, ele compartilha a mudança positiva que a proximidade do trabalho trouxe para a sua qualidade de vida.

 

“Antes eu trabalhava em Aracaju e tinha que viajar todo dia para a capital. Mas agora com essa oportunidade, eu trabalho perto de casa”, relata.

 

 

No aspecto ambiental, a engenheira Daniela Sandes destaca o compromisso da indústria com a sustentabilidade. “Todos os fertilizantes produzidos são 100% monitorados, e temos controle rigoroso para garantir que não haja contaminação do solo. O processo é monitorado e conta com prestação de contas aos órgãos ambientais, o que reforça nosso compromisso com a comunidade e o meio ambiente”, explica.

 

 

Engenheira Daniela Sandes / Foto: Erick O’Hara

 

Para Cícero Faustino, coordenador de produção e que trabalha na área de fertilizantes há 20 anos, a formação de uma equipe engajada é um dos fatores essenciais para o sucesso da operação: “Um dos principais aprendizados que adquiri com esse trabalho é o dia a dia com a equipe. Em 90% do meu dia estou acompanhando o processo junto com o pessoal, dando o apoio que eles precisam para fazer a fábrica rodar”.

 

 

PSDI

 

 

O Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI) desempenha um papel estratégico na descentralização do desenvolvimento do estado, ao oferecer incentivos fiscais e locacionais para atrair mais negócios para os municípios.

 

“Nossa missão na Codise é criar condições para que as indústrias se instalem, gerando empregos, renda e oportunidades em diversas regiões, fortalecendo a economia local e melhorando a qualidade de vida das pessoas”, destaca Ronaldo Guimarães, presidente da Codise, companhia responsável pelo gerenciamento do PSDI e dos Núcleos e Distritos Industriais de Sergipe e vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec).

 

“O CDI é a porta de acesso das empresas ao PSDI. O Conselho é a entidade que salvaguarda a relação de confiança entre empresário e governo, na qual ambos se beneficiam. Enquanto a indústria recebe incentivos que garantem melhores condições de funcionamento, o Estado ganha com a geração de empregos e de renda”, ressalta o secretário da Sedetec, Valmor Barbosa.

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Luciana Leão

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