Netanyahu defende Israel na ONU, dizendo que veio “esclarecer as coisas”

Primeiro-ministro israelense disse que o país anseia pela paz e por uma reconciliação histórica entre árabes e judeus; ao mesmo tempo ele afirmou a necessidade de combater “inimigos selvagens” e disse que “não existe local no Irã que o longo braço de Israel não possa alcançar e isso é verdade para todo o Oriente Médio”.

 

 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta-feira na Assembleia Geral da ONU. Ele disse que não viria ao evento, mas decidiu comparecer para “esclarecer as coisas” após ouvir “mentiras e calúnias” lançadas contra seu país por outros líderes.

 

 

Netanyahu afirmou que Israel anseia pela paz, mas enfrenta “inimigos selvagens” que buscam sua “aniquilação”, bem como destruir a “nossa civilização comum e nos devolver a uma era sombria de tirania e terror”.

 

 

Legado para gerações futuras

 

 

Ele relembrou seu discurso na Assembleia Geral do ano passado, quando declarou que Israel enfrenta a mesma escolha atemporal que Moisés colocou diante de seu povo há milhares de anos: “que nossas ações determinarão se legaremos às gerações futuras uma bênção ou uma maldição”.

 

 

O líder israelense disse que essa é a escolha que o país enfrenta hoje, citando “a maldição da agressão incessante do Irã ou a bênção de uma reconciliação histórica entre árabes e judeus”.

 

 

Netanyahu declarou que no ano passado essa “benção” se aproximou na forma de um acordo de normalização entre a Arábia Saudita e Israel, “mas então veio a maldição de 7 de outubro”.

 

 

Conflitos em Gaza e no Líbano

 

 

Ele afirmou que nesta data “milhares de terroristas do Hamas apoiados pelo Irã” invadiram Israel, cometendo “atrocidades inimagináveis”, incluindo o “assassinato brutal” de 1,2 mil pessoas, incluindo crianças, violência sexual contra mulheres e o sequestro de 251 pessoas de diferentes países.

 

 

O primeiro-ministro declarou que as “cenas lembraram o holocausto nazista”. Segundo ele, “Israel vai vencer essa batalha, pois não tem escolha”.

 

 

Em relação ao conflito em Gaza, Netanyahu disse que o exército israelense está permitindo a entrada de comida e fazendo todo o possível para minimizar ataques contra civis, incluindo distribuições de flyers, mensagens de texto e ligações telefônicas.

 

 

Sobre o confronto com o Hezbollah no Líbano, o líder israelense disse que a organização tem atacado Israel ao longo dos últimos 20 anos “sem nenhuma provocação prévia”. Ele disse que diversos locais no norte de Israel se transformaram em “cidades fantasmas” devido a esses ataques e que o país vai dar um “basta” nessa situação intolerável.

 

 

Reação a resoluções da ONU

 

 

O primeiro-ministro apontou o envolvimento do Irã em diversos ataques sofridos em território israelense e afirmou que “não existe local no Irã que o longo braço de Israel não possa alcançar e isso é verdade para todo o Oriente Médio”.

 

 

Ele disse que o fato de Israel ter sido condenado em 174 resoluções da Assembleia Geral da ONU desde 2014, em comparação com 73 para todos os outros países somados é reflexo de um ambiente antissemita e de hostilidades contra Israel.

 

 

Netanyahu declarou ainda que uma paz com a Arábia Saudita daria um grande impulso à segurança e à economia de ambas as nações e ajudaria a transformar o Oriente Médio em um “gigante global”, com cooperações possíveis em água, energia, agricultura, inteligência artificial, dentre outros.

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Redacao RNE

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