Timbaúda dos Batistas: Bordado potiguar alcança patamar internacional

Salmira de Araújo Torres Clemente e Jailma Araújo, bordadeiras de Timbaúba dos Batistas (RN), fazem parte do time do semiárido nordestino responsável pelos bordados que retratam a fauna e flora brasileiras nos uniformes que vestirão os atletas. Projeto, apoiado pelo Instituto Riachuelo, transforma vidas e fortalece a economia local.

 

A história de superação e conquista das bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, no Rio Grande do Norte, ganha o mundo. Isso porque a arte do bordado, passada de geração em geração, alcança um novo patamar de reconhecimento e visibilidade internacional: a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Salmira e Jailma foram convidadas pela Riachuelo, marca de moda oficial do Comitê Olímpico Brasileiro e Time Brasil, para assistirem, da primeira fila, à cerimônia do evento.

 

 

Confira a reação das bordadeiras Salmira Clemente e Jailma Araujo ao assistirem, ao vivo, suas criações no desfile de abertura dos Jogos Olímpicos 2024.

 

 

 

O destaque do uniforme vai para as jaquetas jeans, cuidadosamente bordadas, que ilustram a rica fauna e flora brasileiras com desenhos de onças, tucanos e araras. As jaquetas enaltecem a beleza do trabalho manual e valorizam a cultura brasileira, ao mesmo tempo em que geram um impacto significativo na vida das bordadeiras e suas famílias.

 

 

Essas profissionais agora terão a chance de ver seu trabalho reconhecido em nível internacional, fortalecendo sua autoestima e melhorando as condições de vida de suas famílias. Hoje, elas vivem exclusivamente dessa arte e ficaram emocionadas com a oportunidade de assistir, ao vivo, as suas criações brilharem em um evento de escala global.

 

 

Salmira de Araújo Torres Clemente, com 68 anos, borda há mais de cinquenta, enquanto Jailma Araújo, aos 43, cresceu imersa na tradição do bordado, que começou com uma máquina herdada de sua avó.

 

 

“O principal segredo é que esse bordado representa, em parte, a cultura do nosso município de Timbaúba dos Batistas. Ele passa de geração para geração e sempre nos foi ensinado pela mãe ou por alguém da família mais próximo. A gente carrega no coração a arte de bordar e, a forma como ela é repassada, aumenta a nossa responsabilidade pela perfeição do trabalho. Costumo dizer que nosso trabalho tem o tempero do amor, porque a gente aprendeu com nossas mães.”, diz a bordadeira Salmira.

 

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Redacao RNE

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