Principal indicador utilizado no reajuste das parcelas de aluguel, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), encerrou o ano de 2024 em 6,54%, o que autoriza a majoração para os contratos com aniversário neste mês de janeiro, além de ser utilizado amplamente no reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia) e em contratos de prestação de serviços. O índice é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE – FGV).
Na última terça-feira (14), a plataforma do Índice FipeZap divulgou que os aluguéis residenciais ficaram 13,50% mais caros em 2024. Um aumento quase três vezes acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que encerrou o ano passado em 4,83%. Dentre as capitais, os maiores aumentos foram identificados em Salvador (33,07%), Campo Grande (26,55%), Porto Alegre (26,33%) e Recife (16,17%).
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Com base, nesses recentes resultados, e acrescentando o fato que 20% da população brasileira mora de aluguel, o advogado Amadeu Mendonça, especializado em Negócios Imobiliários e sócio do escritório Tizei Mendonça Advogados Associados, fez um recorte e avalia que tais comportamentos do mercado provocam um aumento da procura pela locação de imóveis, atraindo, por sua vez, a lei da oferta e demanda. “Se a procura aumentou, naturalmente os preços também aumentarão”, destaca Amadeu Mendonça.
Saiba como calcular
Para facilitar o cálculo, o SECOVI-SP informou que o fator de atualização deste mês é de 1,0654. O número informado deve ser multiplicado pelo valor do aluguel em vigor no ano passado.
Ou seja, se o aluguel em 2024 era de R$ 2.300 mensais, o valor com reajuste ficará em R$ 2.450, por exemplo.
Portanto, quem mora sob contrato de aluguel deve se preparar para mais um aumento desta despesa essencial, a partir deste mês.
Inadimplência também aumentou
No contraponto, de acordo com o Índice de Inadimplência Locatícia da plataforma Superlógica, que monitora mais de 600 mil contratos de locação em todo o país, a região Nordeste ostentava, em novembro, a segunda maior taxa de inadimplência do país (4,87%), atrás apenas da região Norte (6,10%). Em terceiro, quarto e quinto lugares, estão Sudeste (2,89%), Centro-Oeste (2,88%) e Sul (2,64%).
O levantamento aponta que a Paraíba, a exemplo do que ocorreu em outubro, registrou a maior taxa de novembro, com 15,77%. A lista das maiores taxas de inadimplência locatícia segue com Amazonas (12,29%), Rondônia (7,78%), Pará (6,31%) e Piauí (5,80%).